Job 41 - Translation of João Ferreira de Almeida, Revised and corrected (Portugal)(ARC)

1 Is 27:1 PODERÁS pescar com anzol o leviatã, ou ligarás a sua língua com a corda?

2Is 37:29Podes pôr uma corda no seu nariz, ou com um espinho furarás a sua queixada?

3Porventura multiplicará as suas suplicações para contigo? ou brandamente te falará?

4Fará ele concertos contigo, ou o tomarás tu por escravo para sempre?

5Brincarás com ele, como se fora um passarinho? ou o prenderás para as tuas meninas?

6Os teus companheiros farão dele um banquete, ou o repartirão entre os negociantes?

7Encherás a sua pele de ganchos, ou a sua cabeça de arpéus de pescadores?

8Põe a tua mão sobre ele, lembra-te da peleja, e nunca mais tal intentarás.

9Eis que a sua esperança falhará: porventura nenhum, à sua vista, será derribado?

10Ninguém há tão atrevido que a despertá-lo se atreva; quem, pois, é aquele que ousa erguer-se diante de mim?

11Êx 19:5; Dt 10:14; 1 Co 10:26,28; Rm 11:35Quem primeiro me deu, para que eu haja de retribuir-lhe? Pois o que está debaixo de todos os céus é meu.

12Não me calarei a respeito dos seus membros, nem da relação das suas forças, nem da graça da sua compostura.

13Quem descobriria a superfície do seu vestido? quem entrará entre as suas queixadas dobradas?

14Quem abriria as portas do seu rosto? Pois em roda dos seus dentes está o terror.

15As suas fortes escamas são excelentíssimas, cada uma fechada como com selo apertado.

16Uma à outra se chega tão perto que nem um assopro passa por entre elas.

17Umas às outras se ligam; tanto aderem entre si que não se podem separar.

18Cada um dos seus espirros faz resplandecer a luz, e os seus olhos são como as pestanas da alva.

19Da sua boca saem tochas; faíscas de fogo saltam dela.

20Do seu nariz procede fumo, como de uma panela fervente, ou de uma grande caldeira.

21O seu hálito faria acender os carvões; e da sua boca sai chama.

22No seu pescoço pousa a força; perante ele até a tristeza salta de prazer.

23Os músculos da sua carne estão pegados entre si; cada um está firme nele, e nenhum se move.

24O seu coração é firme como uma pedra e firme como a mó de baixo.

25Levantando-se ele, tremem os valentes; em razão dos seus abalos se purificam.

26Se alguém lhe tocar com a espada, essa não poderá penetrar, nem lança, dardo ou frecha.

27Ele reputa o ferro palha, e o cobre, pau podre.

28A seta o não fará fugir; as pedras das fundas se lhe tornam em restolho.

29As pedras atiradas são, para ele, como arestas, e ri-se do brandir da lança.

30Debaixo de si, tem conchas ponteagudas; estende-se sobre coisas ponteagudas como na lama.

31As profundezas faz ferver, como uma panela; torna o mar como quando os unguentos fervem.

32Após ele, alumia o caminho; parece o abismo, tornado em brancura de cãs.

33Na terra, não há coisa que se lhe possa comparar, pois foi feito para estar sem pavor.

34Todo o alto vê: é rei sobre todos os filhos de animais altivos.

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