1Porventura, Jó 14.5,13-14não tem o homem guerra sobre a terra? E não são os seus dias como os dias do jornaleiro?
2Como o cervo que suspira pela sombra, e como o jornaleiro que espera pela sua paga,
3assim me deram Jó 29.2por herança meses de vaidade, e noites de trabalho me prepararam.
4Deitando-me a dormir, então, digo: Dt 28.67; Jó 17.12quando me levantarei? Mas comprida é a noite, e farto-me de me voltar na cama até à alva.
5A minha carne se tem vestido de bichos Is 14.11e de torrões de pó; a minha pele está gretada e se fez abominável.
6Os meus Jó 9.25; 16.22; 17.11; Is 38.12; Tg 4.14dias são mais velozes do que a lançadeira do tecelão e perecem sem esperança.
7Lembra-te de que a minha vida é como o vento; os meus olhos não tornarão a ver o bem.
8Os olhos dos que agora me veem não me verão Jó 20.9
mais; os teus olhos estarão sobre mim, mas não serei mais.9Tal como a nuvem se desfaz e passa, aquele que desce à sepultura 2Sm 12.23nunca tornará a subir.
10Nunca mais tornará à sua casa, nem o seu lugar Jó 8.18; 20.9jamais o conhecerá.
11Por isso, não reprimirei a 1Sm 1.10; Jó 10.1minha boca; falarei na angústia do meu espírito; queixar-me-ei na amargura da minha alma.
12Sou eu, porventura, o mar, ou a baleia, para que me ponhas uma guarda?
13Dizendo eu: Jó 9.27Consolar-me-á a minha cama, meu leito aliviará a minha ânsia!
14Então, me espantas com sonhos e com visões me assombras;
15pelo que a minha alma escolheria, antes, a estrangulação; e, antes, a morte do que estes meus ossos.
16A minha vida abomino, Jó 10.20; 14.6pois não viverei para sempre; retira-te de mim, pois vaidade são os meus dias.
17Que é Hb 2.6o homem, para que tanto o estimes, e ponhas sobre ele o teu coração,
18e cada manhã o visites, e cada momento o proves?
19Até quando me não deixarás, nem me largarás, até que engula a minha saliva?
20Se pequei, que te farei, Jó 16.12; Lm 3.12
ó Guarda dos homens? Por que fizeste de mim um alvo para ti, para que a mim mesmo me seja pesado?21E por que me não perdoas a minha transgressão, e não tiras a minha iniquidade? Pois agora me deitarei no pó, e de madrugada me buscarás, e não estarei lá.
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