PorStanley Rosenthal
O termo "trindade"vem sendo usado faz aproximadamente mil e seiscentos anos, para tentar explicara natureza de Deus. Mas, a escolha desse vocábulo específico foi infeliz eincorreta. Quando os cristãos usam a palavra "trindade" (quesignifica, simplesmente, "três"), inconscientemente comunicam aosouvintes um conceito politeísta (a crença ou a adoração a uma pluralidade dedeuses). A palavra "trindade" foi cunhada a fim de referir-se àpluralidade que há em Deus, ao mesmo tempo em que manteria o pensamento daunidade divina. Foi uma escolha bem intencionada, mas infeliz.
Atualmente, muitosnão-cristãos supõem que essa doutrina significa que a cristandade acredita emtrês deuses, e não em um só. No seu âmago, entretanto, esse ensino na realidadeem nada difere da doutrina judaica central sobre a unidade de Deus. Paradescrever corretamente o verdadeiro conceito bíblico da natureza de Deus,deveríamos usar o vocábulo tri-unidade, em lugar de trindade. O termotri-unidade transmite a idéia de que Deus é um só, ao mesmo tempo em queconsiste em três pessoas.
Isso de maneira algumaindica a crença na existência de três deuses; antes, indica uma crença em totalconsonância com os ensinamentos da lei e dos profetas. Apesar de estar acima denossa capacidade de experimentar, ou, quanto a muitos aspectos ao menos decompreender plenamente esse fenômeno, essa é, não obstante, a posição daBíblia. Se quisermos entender esse conceito, em qualquer medida, teremos devoltar-nos para as Escrituras com esta simples indagação: "Que diz oSenhor?" (Os textos bíblicos aqui usados são extraídos da Edição Revista eAtualizada da Sociedade Bíblica do Brasil.)
AUnidade Composta de Deus
A unidade de Deus é ensinadanas páginas do Antigo Testamento. Vintenas de passagens, na lei e nos profetas,convergem a fim de prover-nos uma irrefutável evidência de pluralidade, dentroda unidade de Deus.
Pluralidadena Shema
O povo judaico comfreqüência faz objeção à tri-unidade de Deus por causa daquilo que acreditamser-lhes ensinado na Shema. Para a maior parte dos israelitas, a Shema é ocoração mesmo do judaísmo. Trata-se daquela passagem fundamental que seencontra no livro de Deuteronômio:
"Shema Yisroel AdonaiElohenu Adonai Echad ..." Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o únicoSenhor. Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tuaalma, e de toda a tua força"(Deuteronômio 6:4,5).
A palavra Shema é o primeirovocábulo hebraico dessa passagem, e significa "ouve". A premissaaceita entre os judeus é que essa declaração ensina que Deus é indivisivelmenteuno. Conseqüentemente, eles levantam a seguinte objeção: "Não posso crernessa pessoa, Jesus, que os cristãos consideram Deus". Para eles, a Shemaparece haver silenciado para sempre o argumento que envolve a crença cristãhistórica na deidade de Jesus. Entretanto, um exame cuidadoso do trecho deDeuteronômio 6:4 na verdade estabelece, ao invés de refutar, a pluralidade deDeus. Uma completa revisão do texto hebraico revela essa verdade acima dequalquer dúvida razoável. O incrível é que a Shema é uma das mais pode- rosasdeclarações em favor da tri-unidade de Deus que se pode encontrar na Bíbliainteira. A própria palavra que alegadamente argumenta contra o ensino datri-unidade de Deus realmente afirma que em Deus há pluralidade, pois a últimapalavra hebraica da Shema é echad, um substantivo coletivo, em outras palavras,um substantivo que demonstra unidade, ao mesmo tempo que se trata de umaunidade que contém várias entidades. Poderíamos citar um bom número deexemplos.
Em Gênesis 1:5, Moisésempregou essa palavra ao descrever o primeiro dia da criação: "Chamou Deusà luz Dia, e às trevas, Noite. Houve tarde e manhã, o primeiro dia". Apalavra ai traduzida por "primeiro" é a palavra hebraica echad.Aquele primeiro dia, é claro, consistiu em luz e trevas - manhã e tarde.
Em Gênesis 2:24, Deusrevelou o que se fazia necessário para um casamento feliz. Ele instruiu maridoe mulher a tornarem-se "os dois uma só carne", indicando que aquelasduas pessoas unir-se-iam, formando perfeita e harmônica unidade. Em tal caso,novamente, a palavra hebraica é echad. O ponto é claro, portanto - echad ésempre usada para indicar unidade coletiva, uma unidade em sentido composto.
Em Números 13, Moisésregistrou o relato sobre os doze espias hebreus que tinham sido enviados paraespiar a terra de Canaã. Quando retornaram daquela missão, de acordo com oversículo 23, eles pararam em Escol, onde "cortaram um ramo de vide com umcacho de uvas". A palavra que aqui aparece como "um", em"um cacho", novamente é echad, no hebraico. Mas, como é evidente,esse único cacho de uvas consistia em muitas uvas.
Por semelhante modo, emEsdras 2:64, registram as Escrituras: "Toda esta congregação junta foi dequarenta e dois mil trezentos e sessenta". A palavra hebraica aquitraduzida por toda, na expressão "toda esta congregação", é a palavrahebraica echad. É evidente que aquela congregação de Israel, embora fosse umasó, compunha-se de muitos indivíduos. De fato, nada menos de 42.360 israelitasa compunham!
Jeremias, grande profeta deJudá, no capítulo 32 de seu tratado, inspirado pelo Espírito de Deus, empregoua mesma palavra hebraica, echad, a fim de denotar uma unidade composta. Lemosnos versículos 38 e 39: "Eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus.Dar-Lhes-ei um só coração e um só caminho ...". A referência feita porJeremias a "um só coração" e a "um só caminho", envolve ainteira nação de Israel. Assim, muitos, coletivamente falando, são consideradoscomo somente um.
O que é mais interessantenisso tudo é que há outra palavra hebraica que significa "unidadeabsoluta". Essa outra palavra hebraica é yachid.
Em Gênesis 22:2, Abraão é instruído:"Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra deMoriá; oferece-o ali em holocausto ...". O termo aqui traduzido emportuguês por "único" no hebraico é yachid.
Esse vocábulo hebraico énovamente usado nos versículos 12 e 16 desse mesmo capítulo. Havia apenas umfilho de Abraão que Deus reconhecia. Isaque era o filho da promessa - não haviaoutro. Nesse sentido, pois, yachid estabelece singularidade absoluta: um esomente um.
Também, em Provérbios 4:3,Salomão assevera: " ... eu era filho em companhia de meu pai, tenro, eúnico diante de minha mãe".
Davi, por sua vez, escreveuem Salmos 22:20: "Livra a minha alma da espada, e das presas do cão aminha vida", onde temos "minha vida", literalmente, no hebraico,"minha única", sendo usada a palavra hebraica yachid.
Também encontramos escritoem Juízes 11:34:
"Vindo, pois, Jefté aMispa, a sua casa, saiu-lhe a filha ao seu encontro, com adufes e com danças: eera ela filha única; não tinha ele outro filho nem filha".
Jeremias declara, em 6:26 deseu livro: "Ó filha do meu povo, cinge-te de cilício, e revolve-te nacinza; pranteia como por um filho único ...".
De novo, lê-se em Amós 8:10:" ... farei que isso seja como luto por filho único...".
E novamente, em Zacarias12:10, onde se lê palavras ditas pelo próprio Senhor Deus: " ... olharãopara mim, a quem traspassaram; pranteá-lo-ão como quem pranteia por umunigênito...".
Percebemos, portanto, que osescritores sagrados, inspirados pelo Espírito de Deus, dispunham de duaspalavras hebraicas que podiam escolher, quando queriam comunicar a verdadeacerca da natureza de Deus. É claro que Yahweh selecionou a palavra sagrada quea identifica com a idéia de pluralidade. Esse substantivo coletivo sempre foiescolhido, e não o singular absoluto. A preferência dada a echad, ao invés deyachid, não deixa margem para dúvida quanto ao sentido que Deus nos queriatransmitir.
Pluralidadeno Nome de Deus
Em nossa Bíblia portuguesa,os tradutores, ao traduzirem as palavras hebraicas El e Elohim, fizeram-no com"D" maiúsculo, "Deus". No hebraico, essas palavrassignificam ambas "Todo-poderoso".
Ambos esses nomes, naverdade, são uma só palavra. Todavia, EI é a forma singular, enquanto queElohim é a forma plural da mesma palavra. Particularmente importante é o fatoque dentre as 2.750 vezes em que essas palavras são empregadas no AntigoTestamento, Elohim, a forma plural, é empregada por nada menos de 2.500 vezes.
Êxodo 20 provê para nós umexcelente exemplo. Nessa passagem, Moisés estava transmitindo os DezMandamentos de Deus ao povo de Israel. Yaweh, pois, declara ali: "Eu sou oSenhor teu Deus ... Não terás outros deuses diante de mim" (vv. 2 e 3).Nessa declaração, "Deus" e "deuses" são idênticas no originalhebraico, isto é, Elohim. A variação que se vê na tradução portuguesa deve-seao fato que os tradutores, apesar de traduzirem a segunda ocorrência da palavrapor "deuses", no primeiro caso preferiram traduzir Elohim nosingular, "Deus".
Gramaticalmente, no hebraicopelo menos, seria igualmente aceitável ter sido traduzi da essa passagem como:
"Eu sou o Senhor teusDeuses ... Não terás outros deuses diante de mim".
Isso posto, essa questão depluralidade, quanto ao nome divino, deve ser reconhecida como uma importantequestão, que precisamos levar em conta. O livro de Gênesis fornece-nos umaexcelente ilustração. Somente no relato sobre a criação, a palavra hebraicaElohim é usada por cerca de trinta e duas vezes, aludindo à obra divina da formaçãodos céus e da terra.
Outra instância dissoencontra-se na própria Shema. Ali o substantivo "Deus" é o termohebraico Elohenu. Ora, Elohenu reflete tanto o pronome plural, em"nosso" Deus, como a forma plural, Elohim.
Impõe-se novamente apergunta: Por qual razão Deus preferiu coerentemente a forma plural Elohim, afim de demonstrar a Sua unidade? O uso de uma forma singular não transmitiria,com maior clareza, o conceito de singularidade? O fato, entretanto, é que Deuspreferiu comunicar, por intermédio de Moisés, a idéia de pluralidade dentro deSua unidade.
UmPonto no Livro de Gênesis
A pluralidade, nos pronomespessoais, quan- do utilizada em relação a nosso Senhor, adiciona uma prova aoconceito da tri-unidade de Deus. Uma vez mais, pomo-nos a examinar o registrode Gênesis, em busca de evidências. Três passagens demonstram esse ponto:
"Também disse Deus:Façamos o homem à nossa imagem conforme a nossa semelhança ... Criou Deus,pois, o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou: homem e mulher oscriou" (Gênesis 1:26,27).
Logo no começo, podemosobservar a seleção da palavra hebraica Elohim como forma do substantivo usadonesse versículo; Elohim estava pronto para criar o homem. Em consonância comessa escolha, pois, foi inserido o pronome pessoal plural, "nós"(subentendido no verbo "façamos") e o adjetivo possessivo plural"nossa" (por duas vezes).
O Dr. David L. Cooperestabeleceu um ponto válido, ao observar que os substantivos hebraicos"semelhança" e "imagem" estão ambos no singular, o queindica que a pessoa que falava como a pessoa a quem se falava era uma e a mesmapessoa. E assim a conclusão é muito ilurninadora: A idéia de pluralidade("nós" e "nossa") é fundida com termos no singular("semelhança" e "imagem"), assim demonstrando aquilo quepodemos denominar de unidade coletiva, de unidade composta. Isso é reforçado noversículo 27, onde Deus refere-se a Si mesmo usando pronomes pessoais nosingular "sua" e "ele" (ele, subentendido em"criou").
Deve-se compreender quesomente Deus é ca- paz de criar - isso se evidencia por todo o volume daBíblia. Visto que isso é verdade, então quem está em foco dentro da declaração:"Façamos NÓS o homem à NOSSA imagem, conforme a NOSSA semelhança"? Sóhá uma conclusão lógica.
" ... Eis que o homemse tornou como um de nós ... o Senhor Deus, por isso, o lançou fora do jardimdo Éden...". (Gênesis 3:22,23). Adão e Eva haviam transgredido contraYahweh. A reação do Senhor Deus foi expulsá-los do jardim do Éden. Notemos queDeus observou que o homem "... se tornou como um de NÓS...". (opronome pessoal no plural), razão pela qual o homem precisava ser expulso.
O terceiro ponto a sersalientado encontra-se no relato sobre a dispersão da humanidade, quando daconstrução da Torre de Babel, "Vinde, desçamos, e confundamos ali a sualinguagem ... Destarte o Senhor os dispersou dali pela superfície daterra...". (Gênesis 11:7,8). Uma vez mais o pronome pessoal plural"nós", é empregado (subentendido nos dois verbos,"descçmos" e "confundamos"). A isso segue-se uma referênciaa Deus, no singular. Foi "o Senhor" quem executou a divina decisão: "... desçamos ...".
Tri-Unidadeou Politeísmo?
Uma pergunta emerge daspáginas do Antigo Testamento: Devemos crer em um Deus que consiste em mais deuma pessoa, ou devemos aceitar o politeísmo? Uma breve investigação em algumaspoucas passagens bíblicas pode ilustrar as alternativas que se abrem diante denós.
No Salmo 45, o rei de Israelé apresentado como se fosse Deus. Lemos especificamente, nos versículos 6 e 7:
"O teu trono, ó Deus, épara todo o sempre; cetro de eqüidade é o cetro do teu reino. Amas a justiça eodeias a iniqüidade; por isso Deus, o teu Deus, te ungiu com o óleo de alegria,como a nenhum dos teus companheiros". Visto que a primeira palavra Deus,em itálico, está no imperativo, destaca-se a indagação: Quem é o Deus de Deus?
Novamente, em Salmos 110:1,diz o rei Davi:
"Disse o Senhor ao meuSenhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixodos teus pés". A questão que deve ser feita quanto a essa passagem é: Aquem Davi dirigia-se como o seu Senhor? Quando Davi compôs esse salmo, ele erao monarca de Israel. Não havia outro maior do que Davi em Israel, exceto Deus.Quem, pois, deve ser considerado Senhor de Davi? E para quem Deus estavafalando?
Em Gênesis 18 e 19, Moisésregistrou a destruição das cidades de Sodoma e Gomorra. É evi- dente, atravésdos dois capítulos, que o próprio Senhor apareceu a Abraão como um dos trêshomens que o visitaram. No trecho de Gênesis 19:24 lemos:
"Então fez o Senhorchover enxofre e fogo, da parte do Senhor, sobre Sodoma e Gomorra".Inquestionavelmente, essa referência bíblica identifica duas pessoas distintas.Uma vez mais, a escolha se destaca: politeísmo ou a tri-unidade de Deus!
Temos a certeza de que aBíblia não ensina o politeísmo. É simplesmente intransponível o abismo entre oensino da tri-unidade de Deus e o conceito de muitas divindades. Acusar alguémque os cristãos acreditam em três deuses é algo destituído de base. Opoliteísmo concebe e ensina deuses que são entidades independentes umas dasoutras - deuses que a todo tempo entrechocam-se com outros deuses, em seusobjetivos. Mas, dentro da tri-unidade de Deus sempre há uma absoluta unidade dedesejo, de desígnio e de execução. Todas as refe- rências bíblicas mostram DeusPai, Deus Filho e Deus Espírito Santo operando em Perfeita união.
Basta esse fato para vermosa grande diferença que há entre aqueles dois conceitos.
MessiasReconhecido como Deus
"Porque um menino nosnasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nomeserá: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz;para que se aumente o seu governo e venha paz sem fim sobre o trono de Davi esobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça,desde agora e para sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos fará isto"(Isaías 9:6,7).
Esses versículos mostram-nosexplicitamente que Aquele sobre cujos ombros estará o governo, e por intermédiode quem chegarão a este mundo a justiça, a paz e a retidão, é, ao mesmo tempo,Deus e homem. Como criança ainda, Ele nasceu na nação de Israel. Isso dá aentender, de maneira enfática, a humanidade do Messias. Ao mesmo tempo, porém,ele também é ali reconhecido como o verdadeiro Deus, por ser o Filho dado porDeus. Além disso, essa criança, esse Filho, é chamado de "DeusForte". Acrescente-se a isso que lhe são conferidos outros títulos que sócabem legitimamente a Deus. Pois Ele é designado "Maravilhoso","Conselheiro", "Pai da Eternidade" e "Príncipe daPaz".
Jeremias aliou-se a Isaías,ao insistir que o Messias é Deus em carne humana.
"Eis que vêm dias, dizo Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, rei que é, reinará, eagirá sabiamente, e executará o juízo e a justiça na terra. Nos seus dias Judáserá salvo, e Israel habitará seguro; será este o seu nome, com que seráchamado: Senhor Justiça Nossa" (Jere- mias 23:5,6).
Não há dúvidas que essadeclaração refere-se ao Messias que procederia da linhagem de Davi. Naqualidade de Rei de Israel, Ele haveria de trazer justiça, retidão e paz a estaterra. Quem realizará tudo isso? De conformidade com essa porção da Palavra deDeus, será o Renovo justo de Davi (O Messias) - Yahweh-tsidkenu, "SenhorJustiça Nossa". Visto que Deus deixa absolutamente claro que não existemdeuses além dEle mesmo, como pode- ríamos compreender que Ele chamou Seu servo,o Messias, de Deus? Isso só pode ser compreendido quando percebemos que esseFilho de Deus, esse Renovo justo, na realidade é Deus.
OMessias é Eterno
Em um sentido limitado,algumas das qualidades ou atributos de Deus são exibidos na Sua criação,particularmente na humanidade. Não obstante, há muitas outras característicasque residem exclusivamente no próprio Deus. A eternidade é um dos atributosdesignado somente a Deus. Diferente dos homens, ou de qualquer substânciaexistente no uni- verso criado, Deus não somente existe para sempre, mas tambémnão teve começo - Ele sempre existiu. Deus revelou-se a Moisés chamando a Simesmo de "Eu sou o que Sou" (Êxodo 3:14) - uma declaração cujopropósito era o de mostrar ao Seu servo atemorizado a passada, a presente e afutura existência de Sua divina pessoa. Deus simplesmente existe! Porsemelhante modo, há muitas outras passagens, no Antigo e no Novo Testamento,que informam-nos que antes de qualquer coisa vir à existência, Deus já estavalá.
Tendo esse fato em mente,voltamos agora a nossa atenção para os ensinos bíblicos que abordam a questãoda pré-existência do Messias. Não somente Ele deveria nascer como um serhumano, em algum ponto histórico do tempo, mas também, de acordo com o profetaMiquéias, o Messias (o Filho de Deus) vem "desde os dias daeternidade". Escreveu esse profeta judeu, em 5:2 do livro que tem seunome:
E tu, Belém Efrata,posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará emIsrael, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias daeternidade. ACF
É importante que entendamosque tanto o Antigo quanto o Novo Testamento destroçam o errôneo conceito donascimento físico de Jesus como se isso tivesse constituído a Sua origem, o Seucomeço. A Bíblia nunca ensina tal coisa, em parte alguma. Por igual modo, asEscrituras nunca sustentam a tese de que Maria é a mãe de Deus, visto que Deusnunca nasceu. Deus sempre existiu. O que o Novo Testamento revela-nos,paralelamente ao Antigo Testamento, é que Deus manifestou-se em carne, como serhumano. Maria foi a mulher judia que Deus escolheu para dar à luz Àquele que éo Deus encarnado - o eterno Filho de Deus.
OMessias Foi Adorado
Somente Deus pode seradorado, com toda a legitimidade. Deus proíbe a adoração direta a qualqueroutro ser ou objeto, tanto nos céus quanto na terra. Em Salmos 118:8 somosinstruídos quanto a esse particular: " Émelhor confiar no Senhor do que confiar no homem." Mais dogmáticoainda mostra-se o profeta Jeremias, o qual citou Deus a dizer: Assim diz oSenhor: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, eaparta o seu coração do Senhor!(Jeremias17:5,7- ACF).
No entanto, em certas porçõesdas Escrituras, encontramos o Messias aceitando adoração da parte dos homens.Davi deixa isso perfeitamente claro no Salmo 2. Ali ele identifica o Messiascomo o Filho de Deus, e, em seguida, instrui que o Rei-Messias deveria seradorado (v. 12). Isso pode ser chocante para o seguidor das Escrituras - amenos que ele compreenda a tri-unidade de Deus. Então torna-se lógica eescriturística aquela admoestação de Davi, que recomenda: "Beijai [adorai]o Filho...".
Deus deixou perfeitamenteclaro que o Seu Filho, o Messias, tem todo o direito de ser adorado. Isso, porsua vez, significa que Cristo é Deus. Se não fosse uma realidade, então a únicaalternativa que nos restaria seria acreditar que o Deus que nos adverte a nãoreverenciar ao homem, estava contradizendo-se ao ordenar-nos tal coisa.Naturalmente, Deus não estava se contradizendo. Ao contrário, estava frisandoesse ponto uma vez mais: o Messias é Deus.
UmaPalavra Final
Temos compartilhado de certonúmero de momentosos fatos - verdades que são capazes de libertar nossasmentes, se estivermos dispostos a rejeitar as crenças restritivas, agrilhoadasàs tradições humanas, para então considerarmos objetivamente as SagradasEscrituras. A Palavra de Deus, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento,ensina-nos que o Senhor onipotente é uma personalidade triúna. Quanto a essedetalhe, o judaísmo bíblico (por meio das Escrituras do Antigo Testamento), e ocristianismo bíblico estão em total acordo.
Os crentes que acreditam naBíblia não são politeístas. Antes, a doutrina deles é tão autenticamentemonoteísta quanto o é a doutrina do judaísmo bíblico. Na verdade, se nãoentendermos o conceito da tri-unidade de Deus, nos sentiremos inteiramenteperdidos na tentativa de explicar grande parte dos ensinos do AntigoTestamento.
O ponto crucial do problemainteiro repousa, em última análise, sobre a explicação do impacto exercido pelavida e pelo ministério de Jesus Cristo. Por mais de dois milênios, Ele temcativado os corações dos homens e tem dominado a história da humanidade. Sequisermos ser perfeitamente honestos, como poderíamos explicar a pessoa deCristo, à parte do fato que Ele é Aquele que foi anunciado por Isaías como oDeus forte.
PorStanley Rosenthal
He is a cross pendant.
He is engraved with a unique Number.
He will mail it out from Jerusalem.
He will be sent to your Side.
Emmanuel
Bible Verses About Welcoming ImmigrantsEmbracing the StrangerAs we journey through life, we often encounter individuals who are not of our nationality......
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