O versículo que diz: “Toda Escritura é inspirada por Deus” testifica a respeito da confiabilidade e autoridade da Bíblia. Esse versículo é uma declaração explicita sobre a inspiração divina da Escritura.
Ter plena ciência de que toda Escritura é inspirada por Deus é algo essencial a todo cristão. Isso porque apesar de a Bíblia ter sido escrita por escritores humanos, sua fonte não está na vontade do homem, mas no próprio Deus.
O apóstolo Pedro escreve que “nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação”. Na sequência ele logo trata de explicar que isso se dá porque a profecia da Escritura “nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo” (2 Pedro 1:20,21).
Por isso é correto dizer que “toda Escritura é inspirada por Deus”, ou seja, a Bíblia é a Palavra de Deus. Em outras palavras, o próprio Deus é o autor final da Escritura.
Na expressão: “Toda Escritura é inspirada por Deus”, a palavra “Escritura” traduz o grego graphē, que significa “escritos”. Esse termo, para o povo judeu do primeiro século, tinha um significado especial que se referia especificamente ao conjunto de escritos que formam a Bíblia hebraica – o Antigo Testamento da Bíblia cristã.
Essa palavra é usada pelo menos cinquenta e cinco vezes no Novo Testamento. Então quando o Novo Testamento fala da inspiração da Escritura, isso implica na afirmação de que todos os escritos do Antigo Testamento são a Palavra de Deus em forma escrita.
Portanto, quando o apóstolo Paulo escreve que “toda Escritura é inspirada por Deus”, ele tinha em mente principalmente os escritos do Antigo Testamento, porque o restante da Escritura – o Novo Testamento – não foi completado até o fim do primeiro século. Isso quer dizer que quando Paulo escreveu essas palavras, o Novo Testamento ainda não existia como uma coleção completa – assim como já era o Antigo Testamento.
Mas isso não significa que os escritos do Novo Testamento não devam ser incluídos na sentença: “Toda Escritura é inspirada por Deus”. Muito pelo contrário! O Senhor Jesus Cristo, por exemplo, ao mesmo tempo em que reconhecia que a Escritura veterotestamentária é a Palavra de Deus, Ele também colocava suas próprias palavras – que estão registradas no Novo Testamento – em pé de igualdade aos escritos do Antigo Testamento. Ele dizia: “Ouvistes o que foi dito”; e também: “Eu, porém, vos digo” (Mateus 5:17-37).
Os apóstolos também tiveram essa mesma consciência. Eles reconheciam que os escritos que estavam sendo produzidos pelos apóstolos – ou pessoas ligadas ao círculo apostólico – também eram, de fato, a Palavra de Deus tanto quanto os escritos do Antigo Testamento. Em outras palavras, eles reconheciam que o processo de registro das Escrituras ainda não havia sido concluído; e que novas Escrituras estavam sendo produzidas e acrescentadas ao corpo de escritos que são a Palavra de Deus escrita (cf. 1 Timóteo 5:18; 2 Pedro 3:16).
Quando Paulo diz que “toda a Escritura é inspirada por Deus”, basicamente ele está dizendo que “toda a Escritura foi dada por Deus”. Nessa declaração o apóstolo usa uma expressão grega que literalmente significa que a Escritura foi “soprada por Deus”, do grego theopneustos.
Com isso, o que Paulo está dizendo é que toda a Escritura foi produzida porque Deus a soprou para fora – assim como Ele soprou o fôlego de vida nos homens (Gênesis 2:7). Sabemos que soprar para fora é, na verdade, expiração, e não inspiração – que significa soprar para dentro.
Por esse motivo os estudiosos sugerem que tecnicamente uma melhor tradução para a declaração de Paulo seria dizer que toda a Escritura foi dada por “expiração de Deus”, em vez de por “inspiração de Deus”. Como diz R. C. Sproul, o que o apóstolo está falado tem mais a ver com o que Deus sopra e não em quem Deus sopra. Ao insistir no fato de que toda a Escritura foi soprada para fora por Deus, Paulo está dizendo que a origem suprema da Escritura é Deus. Ele é a fonte desses escritos (Somos Todos Teólogos, 2014).
Mas por outro lado, há também o conceito de inspiração que diz respeito à obra do Espírito Santo nas pessoas que foram escolhidas para o processo de registro das Escrituras.
Nesse sentido, Millard Erickson define a inspiração das Escrituras como sendo a influência sobrenatural do Espírito Santo sobre os autores das Escrituras, que converteu seus registros em um registro preciso da revelação ou que faz com que seus escritos sejam realmente a Palavra de Deus. Os escritores bíblicos receberam a revelação especial de Deus e registraram essa revelação em forma escrita. Pela inspiração do Espírito Santo, eles puderam registrar aquilo que Deus expirou – ou soprou (Teologia Sistemática, 1992).
Se a Bíblia diz que “toda a Escritura é inspirada por Deus”, isso implica em sua plena inspiração verbal. A Bíblia toda, palavra por palavra, é a Palavra de Deus. Mas também é importante entender que a obra do Espírito de Deus não anulou a personalidade e as características de cada escritor humano no processo de registro da Escritura, mas as elevou ao seu mais alto nível.
Então a inspiração divina não é algo mecânico, mas orgânico; algo que denota a preparação em que o Espírito capacitou os agentes que receberam a preciosa tarefa de registrar a Palavra de Deus. Isso inclui o nascimento desses escritores no espaço e no tempo; os dons específicos que eles receberam; o tipo e o nível de educação que eles tiveram acesso; as experiências que experimentaram; etc.
Então embora a Escritura tenha tido dezenas de escritores com diferentes estilos e particularidades, ainda assim é correto afirmar que toda Escritura é inspirada por Deus. Cada palavra que eles registraram na Escritura é a Palavra de Deus genuína.
Considerando tudo isso, o cristão deve entender que a Escritura está livre de erros, e constitui a infalível regra de fé e prática capaz de regular a vida do homem. Por isso o versículo completo diz: “Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça; a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra” (2 Timóteo 3:16,17).
Paulo escreveu essas palavras para Timóteo, enfatizando que a Escritura é uma ferramenta indispensável para o homem de Deus, pois ela é útil para:
Ensino: a Escritura é suficiente para comunicar a verdade divina.Repreensão: a Escritura fornece as bases para a correta repreensão de erros de doutrina e conduta.Correção: a Escritura não apenas repreende, mas também corrige; ou seja, ela restaura o faltoso mostrando o caminho da retidão.Educação na justiça: a Escritura que repreende e corrige, é também a Escritura que educa na justiça; isto é; que orienta o crente a uma conduta reta e piedosa.Então através da Escritura inspirada por Deus, o crente é plenamente equipado para toda boa obra. Ele permanece na verdade e aplica essa verdade da forma apropriada de modo a exercer o seu ofício real e sacerdotal como proclamador do Evangelho de Cristo (cf. 1 Pedro 2:9). Por isso é tão importante afirmarmos: “Toda Escritura é inspirada por Deus”.
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Emmanuel
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