O monoteísmo, a crença em um único Deus supremo, é uma das mais influentes ideias religiosas da humanidade. Desde sua emergência nas tradições abraâmicas até seu impacto filosófico e cultural, essa concepção moldou civilizações e cosmovisões. Monoteísmo implica mais que a negação de múltiplas divindades; ele é uma afirmação da unicidade, eternidade e soberania de Deus.
As grandes religiões monoteístas – judaísmo, cristianismo e islamismo – compartilham elementos comuns, mas divergem em aspectos fundamentais. Essas religiões, também conhecidas como abraâmicas, reconhecem Abraão como seu pai comum e possuem textos sagrados que servem como fonte compartilhada de conhecimento e inspiração espiritual.
O Arianismo emerge no contexto do cristianismo primitivo, sendo formulado por Ário, um presbítero de Alexandria no século IV. Sua tese central é a unicidade de Deus Pai como o único incriado, negando a coeternidade do Filho e do Espírito Santo. Esta posição contrasta com a doutrina trinitária ortodoxa, destacando-se como uma interpretação singular dentro da teologia cristã.
Para os arianos, a suprema autoridade de Deus não poderia ser compartilhada. O Filho é “o primeiro e único gerado”, criado pelo Pai, enquanto o Espírito Santo é uma obra do Filho. Essa hierarquia preserva a unicidade de Deus e reforça a ideia de subordinação no plano divino.
No Arianismo, Deus é entendido como o Pai Todo-Poderoso, o único ser verdadeiramente incriado, eterno e absoluto. Essa concepção encontra eco na Declaração de Fé Arianista, que enfatiza:
“Deus é indivisível, incorruptível, imutável e perfeito em sua essência. Nada existe antes ou ao lado d'Ele.”
Essa definição exclui qualquer possibilidade de divisão ou coexistência de igual para igual com Deus Pai, sustentando que Ele é a única fonte de todas as coisas. Esse mistério transcendente inspira uma reverência profunda em relação à natureza divina, que permanece incompreensível para a mente humana.
Para os arianos, Jesus Cristo é o Filho de Deus, gerado antes de todas as eras, mas distinto e inferior ao Pai. A Declaração de Fé reforça:
“O Filho, embora não seja coeterno ou igual ao Pai, é superior a todas as outras criaturas e, por meio dele, todas as coisas foram feitas.”
Essa posição rejeita a coigualdade pregada pela Trindade ortodoxa, argumentando que a submissão de Cristo à vontade do Pai confirma sua posição como mediador. Para os arianos, Cristo é exaltado por sua obediência e papel essencial na redenção da humanidade.
O Espírito Santo, no Arianismo, ocupa uma posição distinta. Ele é visto como a maior obra criada pelo Filho, conforme descrito:
“O Espírito Santo foi trazido à existência por meio do poder e energia do Filho, sendo o consolador e guia de todas as coisas criadas.”
Essa perspectiva rejeita a ideia de coeternidade e coessência com o Pai e o Filho, reforçando a hierarquia divina. O Espírito Santo é uma figura essencial para guiar a humanidade na compreensão do plano divino e na experiência de proximidade com Deus.
O Arianismo apresenta uma visão singular da criação: o Pai, por meio do Filho, trouxe tudo à existência. O Filho atua como agente criador, refletindo a glória de Deus, mas subordinado a Ele. Essa abordagem sublinha o papel funcional do Filho como o executor da vontade divina no universo.
Na redenção, Jesus “viveu sem pecado e ofereceu-se como sacrifício”, reconciliando a humanidade com Deus. No entanto, sua autoridade foi recebida do Pai, reafirmando a distinção de papéis. Esta concepção é considerada central para a teologia arianista, onde o Filho age como mediador entre o Criador e a criação.
A relação entre Pai, Filho e Espírito Santo reflete uma hierarquia ordenada:
Pai: A fonte suprema e incriada.
Filho: O mediador da vontade divina.
Espírito Santo: O auxiliar criado por meio do Filho.
Essa estrutura preserva o monoteísmo estrito e difere da doutrina ortodoxa da coigualdade trinitária. Para os arianos, essa hierarquia é uma expressão clara da unidade e soberania de Deus, sem comprometer a distinção entre os papéis divinos.
A relevância do Arianismo transcende seu contexto histórico. Ele provoca reflexões profundas sobre a natureza da divindade, a relação entre Deus e o universo, e o significado de autoridade e submissão. Em debates contemporâneos, o Arianismo desafia ideias tradicionais e promove um diálogo inter-religioso mais inclusivo.
Algumas doutrinas religiosas contemporâneas, como as Testemunhas de Jeová, ainda utilizam fundamentos do Arianismo ao rejeitarem a Santíssima Trindade. Essas interpretações destacam a continuidade do pensamento arianista na exploração teológica moderna.
Teólogos como Santo Atanásio de Alexandria dedicaram-se à defesa da coigualdade trinitária, propondo argumentos sobre a eternidade do Filho. No entanto, os questionamentos levantados pelo Arianismo continuam relevantes, incentivando reflexões críticas sobre a natureza divina.
O monoteísmo arianista oferece uma perspectiva única e coerente sobre a unicidade de Deus, mantendo uma hierarquia clara no relacionamento divino. Embora contestado ao longo da história, ele permanece como um testemunho da riqueza teológica e da diversidade de crenças dentro do cristianismo. Ao reafirmar a centralidade de Deus Pai, o Arianismo continua a inspirar debates e reflexões sobre o verdadeiro significado do monoteísmo.
Há um único Deus verdadeiro, o Pai Todo-Poderoso, não gerado, eterno, sem começo e sem igual. Ele é a fonte de toda existência e o Criador de todas as coisas.
Deus é indivisível, incorruptível, imutável e perfeito em sua essência. Nada existe antes ou ao lado d'Ele, pois Ele é o único ser não gerado, autoexistente e absoluto.
Jesus Cristo é o Filho de Deus, gerado pelo Pai antes de todas as eras, como o primeiro e único gerado. Ele foi trazido à existência por um ato da vontade do Pai, não derivado de Sua substância, mas criado como um ser distinto.
O Filho, embora não seja coeterno ou igual ao Pai, é superior a todas as outras criaturas e, por meio dele, todas as coisas foram feitas no céu e na terra, visíveis e invisíveis.
Como o agente da criação, o Filho executa a vontade do Pai e reflete Sua glória. Contudo, ele permanece subordinado ao Pai em essência, poder e autoridade, pois o Pai é a única fonte de todas as coisas.
O Espírito Santo é a primeira e maior obra criada pelo Filho, sob a autoridade do Pai. Ele foi trazido à existência por meio do poder e energia do Filho, sendo o consolador e guia de todas as coisas criadas.
Embora possua uma posição elevada entre as criaturas, o Espírito Santo não é divino em essência como o Pai, mas cumpre um papel essencial no plano de Deus.
O Pai, por meio do Filho, criou todas as coisas:
Os céus e a terra;Os seres espirituais e corpóreos;O tempo e todas as eras.O Filho, como instrumento do Pai, organizou e trouxe à existência o universo, executando a vontade divina com perfeição.
Jesus Cristo, enviado pelo Pai, tornou-se homem para redimir a humanidade do pecado. Ele foi plenamente obediente ao Pai em tudo, vivendo sem pecado e oferecendo-se como sacrifício para reconciliar a criação com Deus.
Sua morte e ressurreição confirmam sua posição como Senhor e Mediador entre Deus e os homens, mas sua autoridade foi recebida do Pai.
Essa relação reflete uma hierarquia: o Pai é a fonte suprema, o Filho é o mediador da vontade do Pai, e o Espírito Santo é o auxiliar criado por intermédio do Filho.
Cremos em:
Um só Deus, o Pai Todo-Poderoso, de quem procedem todas as coisas;Um só Senhor, Jesus Cristo, o Filho de Deus, gerado antes de todas as eras, por meio de quem são todas as coisas;Um só Espírito Santo, a maior obra do Filho, que age conforme a vontade de Deus.Exaltamos o Pai como o único incriado, o Filho como seu unigênito, e o Espírito como a obra primeira do Filho.
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Publicado por: Gabriel Bueno dos Santos
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