A China tem um papel no fim dos tempos?

Muitos estudantes de profecia bíblica consideram que Apocalipse 16:12-16 possivelmente se refere à China no fim dos tempos:

"O sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates. As águas do rio secaram, para que se preparasse o caminho dos reis que vêm do Oriente. Então vi sair da boca do dragão, da boca da besta e da boca do falso profeta três espíritos imundos semelhantes a rãs. São espíritos de demônios, operadores de sinais, e se dirigem aos reis do mundo inteiro a fim de ajuntá-los para a batalha do grande Dia do Deus Todo-Poderoso. 'Eis que venho como vem o ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se veja a sua vergonha.' Então ajuntaram os reis no lugar que em hebraico se chama Armagedom" (Apocalipse 16:12-16).

Essa passagem prevê um conflito massivo e climático conhecido como a Batalha do Armagedom. Ela ocorrerá no final da tribulação, após o julgamento da sexta taça. Naquela ocasião, o rio Eufrates secará, permitindo que os "reis do Oriente" invadam o Oriente Próximo e marchem em direção a Israel. É a identificação dos "reis do Oriente" que muitos associam à China. O exército chinês, ou uma coalizão liderada pela China, aproveitará a remoção de uma barreira natural e avançará para o oeste para encontrar as forças do Anticristo.

Quando a força do fim dos tempos da China se unir aos exércitos do Anticristo, o julgamento da sétima e última taça será derramado. O Senhor Jesus voltará, o terremoto mais violento de todos os tempos sacudirá o mundo e as forças do Anticristo e os exércitos do Oriente serão destruídos (Apocalipse 16:17-20; 19:11-21).

É impossível saber com certeza se a confederação oriental do fim dos tempos incluirá a China; no entanto, parece provável que ela esteja envolvida. Nos últimos anos, o poder e a influência da China aumentaram drasticamente. O desenvolvimento de um enorme poderio militar; a intimidação de Hong Kong, Tibete, Taiwan e outras regiões; a busca pelo domínio econômico global; a retórica agressiva no cenário mundial e, é claro, a perseguição aos cristãos chineses - tudo isso tem sido característico da China. Não é difícil imaginar que os "reis do Oriente" que um dia marcharão para Israel incluirão a China.

Algumas pessoas identificam outra batalha, mencionada anteriormente em Apocalipse, como uma profecia da China no fim dos tempos. A associação se baseia na menção de um exército de 200 milhões (Apocalipse 9:16) e em relatos ocasionais sobre a capacidade da China de equipar um exército tão vasto. Há alguns problemas com essa visão. Um deles é que Apocalipse 9 não diz nada sobre um exército do Oriente; em vez disso, fala de uma horda demoníaca que destrói um terço da humanidade. Os "cavalos" que esses seres montam definitivamente não são cavalos normais (versículo 17). Além disso, a batalha de Apocalipse 9 ocorre após o julgamento da sexta trombeta; a batalha de Apocalipse 16 envolvendo os reis do Oriente ocorre após o julgamento da sexta taça, provavelmente cerca de três anos e meio depois.

No final dos tempos, muitas nações, provavelmente incluindo a China, tentarão conquistar. Em última análise, sua luta será contra Deus. A tribulação será um período tumultuado de guerras, desastres e julgamento divino. Mas Deus tem tudo sob controle, como garante o Salmo 2:2-6:

"Os reis da terra se levantam,

e as autoridades conspiram contra o Senhor

e contra o seu Ungido, dizendo:

'Vamos romper os seus laços

e sacudir de nós as suas algemas.'

Aquele que habita nos céus dá risada;

o Senhor zomba deles.

Na sua ira, a seu tempo, lhes falará

e no seu furor os deixará apavorados, dizendo:

'Eu constituí o meu Rei sobre o meu santo monte Sião'".