Negue-se a si mesmo e tome a sua cruz. Sabemos que esse é um ensino claro do nosso Senhor Jesus, porém muitas pessoas possuem dúvidas sobre o que significa negar-se a si mesmo e tomar cada um a sua cruz, conforme Cristo ensinou.
Neste texto nós iremos entender essa verdade tão importante que compõe a compreensão acerca do que é, de fato, ser um discípulo de Jesus.
Antes, é importante saber que esse ensino é tão fundamental que Jesus transmitiu essa verdade explicitamente por mais de uma vez (Mt 10:38; 16:24; Mc 8:34; Lc 9:23; cf. Lc 14:27; Jo 12:26). Aqui vamos usar como exemplo o texto de Lucas 9:23, mas as outras referências também podem ser utilizadas.
E dizia a todos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome cada dia a sua cruz, e siga-me.
(Lucas 9:23)
Como vimos acima, esse ensino foi transmitido por Jesus em diferentes ocasiões, porém a lição é exatamente a mesma. O que todas as passagens têm em comum, além do mesmo significado, é o ensino sobre o custo do discipulado.
Esse ensino é tão importante que em Marcos 8:34 e Lucas 9:23 somos informados que Jesus se dirigiu à multidão, ou seja, não apenas seus doze discípulos precisavam ouvir essas palavras, mas todos. Na passagem correlata em Lucas 14:27 o mesmo acontece. Logo, podemos entender que essa é uma questão de vida ou morte eterna.
Perceba que antes da sentença “negue-se a si mesmo”, Jesus usou a expressão “vir após mim”. Essa expressão significa “unir-se a Ele”. Aqui Jesus utilizou como base o fato de que frequentemente Ele era seguido por multidões, mas andar literalmente atrás dele não significava ser seu seguidor.
Então Jesus ensinou o que realmente faz com que uma pessoa seja um discípulo verdadeiro, um seguidor genuinamente unido a Ele: essa pessoa precisa negar-se a si mesma.
A condição de “negar-se a si mesmo” inclui muita coisa, como por exemplo:
Negar-se a si mesmo é amar ao Senhor acima de todas as coisas, e ser fiel à causa do Evangelho acima de qualquer aspiração pessoal.Negar-se a si mesmo é dizer não a natureza humana decaída, ou seja, o velho “eu” que tenta nos desviar para as concupiscências das obras da carne.Negar-se a si mesmo é renunciar toda confiança em sua própria natureza, religiosidade, capacidade e obras, e entender que a salvação depende exclusivamente de Deus, e que os méritos pertencem tão somente a Cristo.Em ouras palavras, no ensino de Jesus aquele que nega-se a sim mesmo é alguém capaz de dizer: Jesus é o primeiro em todas as áreas da minha vida.
É nisso que consiste o princípio de que o verdadeiro seguidor de Cristo o ama mais do que seus familiares e do que sua própria vida, a ponto de estar disposto a perdê-la por causa desse amor e pelo compromisso com o Evangelho (Mt 16:25; Mc 8:35; Lc 9:24; 14:26).
A importância do negue-se a si mesmo pode ser notada na segunda parte do capítulo 14 do Evangelho de Lucas, onde Jesus conta a Parábola do Construtor da Torre e o Rei Guerreiro. Nesse capítulo Jesus utilizou por três vezes a expressão “não pode ser meu discípulo” (Lc 14:26,27,33).
No versículo 26, onde a sentença aparece pela primeira vez no capítulo, Jesus se voltou para a multidão e ensinou que seus verdadeiros seguidores o amam acima de tudo e dão suas vidas por Ele.No versículo 27, onde a sentença se repete pela segunda vez, Jesus ensinou que seus verdadeiros seguidores sempre estão dispostos a sofrer pela causa do Evangelho.Finalmente, no versículo 33, Jesus concluiu esse ensino falando que para segui-lo, seus discípulos precisam renunciar tudo o que possuem, isto é, no sentido de demonstrar uma lealdade incondicional, uma completa negação de si mesmo.De fato, quando você ama mais a Cristo e o seu Evangelho do que pai, mãe, esposa, filhos, irmãos, irmãs e sua própria vida; de modo que esse amor o leva a sofrer o que for preciso para que o reino de Deus e a sua justiça seja proclamado, naturalmente o que existirá é uma total renúncia e negação de o que você é ou possui.
Sobre isso, o apóstolo Paulo explicou de forma perfeita o que significa negar-se a si mesmo ao dizer: “As coisas que para mim eram lucro, agora as considero perda por amor a Cristo” (Fp 3:7).
O significado do “tome a sua cruz” está intimamente ligado ao “negue-se a si mesmo”. Em primeiro lugar, nosso Senhor ensina que é preciso negar-se a si mesmo, e em segundo lugar ele ensina que é preciso tomar a cruz.
A figura usada nessa expressão por Jesus é a de um condenado carregando seu próprio instrumento de execução para o lugar onde a pena capital será aplicada. Esse era um costume daquela época, e foi assim também com nosso Senhor a caminho do Calvário (Jo 19:17).
No entanto, a grande diferença entre o condenado e o discípulo de Jesus é que o condenado faz isso forçadamente, e se tivesse uma única oportunidade ele correria o mais depressa que pudesse para bem longe, enquanto o seguidor de Cristo faz isso voluntariamente.
O discípulo verdadeiro não deseja fugir, não deseja correr para longe, ele deseja apenas combater o bom combate (2Tm 4:7). Tomar a sua cruz significa aceitar irremediavelmente a aflição, a dor, a vergonha e a perseguição por amor a Cristo e ao seu Evangelho.
Às vezes algumas pessoas aplicam essa expressão de um modo muito genérico, atribuindo-a a qualquer tipo de aflição comum que acomete a todas as pessoas ao longo de suas vidas, porém esse não é o sentido bíblico correto.
Algumas pessoas quando falam em levar a cruz acabam cometendo também outro tipo de erro, ao enaltecerem de maneira tal sua cruz pessoal que acabam diminuindo o significado da cruz de Cristo.
Nunca podemos comparar a cruz que somos convidados a carregar, com a cruz que Cristo carregou, porque isso resultaria no falso entendimento de que o sofrimento de Cristo foi simplesmente apenas mais um entre muitos.
A agonia do Senhor Jesus foi singular e representa o valor infinito de seu sacrifício, expressando o inimaginável castigo exigido pela justiça de Deus quando Ele carregou a nossa desgraça e se tornou maldito pelos nossos pecados.
Por outro lado, o “levar a cruz” para nós não traz o significado de condenação e castigo, ao contrário, representa o grande privilégio de podermos “levar o seu vitupério” (Hb 13:13), participando das aflições de Jesus com grande alegria, satisfação e inteira submissão.
Assim, tomamos a nossa cruz quando seguimos o nosso Senhor por onde quer que Ele vá, não nos importando com as condições, antes confiando plenamente em seu sangue remidor, refletindo sua mente e proclamando sua obra (Jo 13:15; 2Co 9:8,9; 1Pe 2:21).
Em Mateus 10:38 e Lucas 14:27 encontramos o paralelo negativo dos texto registrados em Mateus 16:24, Marcos 8:34 e Lucas 9:23. Nos dois primeiros lemos: “quem não toma a sua cruz” e “qualquer que não levar a sua cruz”, enquanto nos três últimos lemos basicamente: “tome a sua cruz”.
O significado é o mesmo, porém quando a sentença aparece em sua forma negativa fica enfatizado de forma ainda mais clara o que sucede com aqueles que falham em carregar a sua cruz, a saber, diz Jesus, “não é digno de mim” (Mt 10:38) ou “não pode ser meu discípulo” (Lc 14:27).
Imediatamente após transmitir esse ensino, Jesus também esclareceu o que significa “não ser digno dele” ou não ser contato como um de seus discípulos. Este, achando ter salvado sua vida, perdê-la-á, mas o que nega-se a si mesmo e toma a sua cruz recebe a promessa de um maravilhoso galardão: “quem perde sua vida por amor de mim, a achará” (Mt 10:39; 16:25; Mc 8:35; Lc 9:24).
Outra coisa interessante é o detalhe do texto de Lucas 9:23 que traz a expressão “tome cada dia a sua cruz”. Aqui temos claramente a implicação de que a cruz pessoal, não pode ser repartida ou dividida, ela é sua e não do próximo, e carregá-la deve ser uma tarefa diária.
Após negar-se a si mesmo e tomar a cruz resta o “siga-me” (Mt 16:24; Mc 8:34; Lc 9:23). Seguir a Jesus significa caminhar em seus passos, confiando inteiramente nele e obedecendo a sua vontade em plena gratidão pela salvação nele recebida (1Pe 2:21; Jo 15:14; Ef 4:32-5:2).
Em outras palavras, o que o texto está dizendo aqui é que naturalmente após negar-se a si mesmo e tomar a sua cruz resta à pessoa segui-lo sujeitando-se aos seus mandamentos. Na verdade, a frase “negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me” nitidamente está descrevendo a verdadeira conversão que é sucedida por uma santificação que perdura por toda a vida.
A resposta para essa pergunta é aterrorizante e ao mesmo tempo maravilhosa. É aterrorizante porque ao homem é impossível, por suas próprias forças, negar-se a si mesmo, tomar a sua cruz e seguir a Jesus.
É maravilhosa porque diante da nossa miséria podemos compreender que a graça de Deus nos alcançou, e através do novo nascimento pela obra regeneradora do Espírito Santo em nossos corações somos capacitados a fazer o que de nenhum outro modo poderíamos fazer (Jo 3:3,5).
O verdadeiro seguidor de Jesus foi feito nova criatura, e o Espírito Santo não o abandona à sua própria sorte. Se da nossa própria natureza apenas provêm obras da carne, do Espírito provêm o fruto que é gerado em nós capacitando-nos a viver uma vida de total entrega ao Senhor. Ao verdadeiro cristão é dado o poder de sofrer pelo nome de Cristo (Ap 6:9; 12:11).
Sempre devemos nos lembrar de que o mesmo que disse: “Vinde a mim todos os que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei”; também disse: “Qualquer que não tomar a sua cruz, e vier após mim, não pode ser meu discípulo” (Lc 14:27).
Em Cristo, certamente nós podemos descansar, mas isso não é o mesmo que ficarmos ociosos. Somos herdeiros de Deus e co-herdeiros de Cristo, e com Ele padecemos para que com Ele também sejamos glorificados (Rm 8:17).
Ele carregou sobre si a nossa maldição, e seu amor nos constrange de tal maneira que negar-se a si mesmo, tomar a cruz e segui-lo é a maior satisfação que poderíamos ter.
He is a cross pendant.
He is engraved with a unique Number.
He will mail it out from Jerusalem.
He will be sent to your Side.
Emmanuel
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