Na Bíblia um prosélito é alguém que saiu de uma religião pagã e aderiu ao Judaísmo; pelo menos esse é o significado em seu sentido religioso. Mas é preciso fazer uma observação quanto ao significado de prosélito.
A palavra “prosélito” tem origem grega e significa “recém-chegado”, “visitante” ou “forasteiro”. O termo grego transliterado em português como prosélito é uma das palavras usadas na Septuaginta, tradução grega da Bíblia Judaica, para traduzir o hebraico ger.
Essa palavra hebraica, por sua vez, indica alguém que é membro de uma comunidade da qual ele não se originou. Portanto, o significado comum do hebraico ger, traduzido como prosélito na Septuaginta, simplesmente designa um estrangeiro ou desconhecido.
Foi somente depois que esse termo passou a ser empregado na literatura rabínica para definir uma pessoa convertida ao Judaísmo. Já no Novo Testamento, a palavra prosélito também assume esse significado religioso, diferentemente do Antigo Testamento com o uso do hebraico ger.
Mas isso não significa que no tempo do Antigo Testamento não havia prosélitos no Judaísmo; significa apenas que o termo hebraico traduzido pelo grego proselytos não possuía essa conotação. No entanto, havia muitos casos de pessoas estrangeiras que passavam a adorar o Deus de Israel.
O propósito da religião judaica nunca foi o de ser uma religião exclusivista. A Bíblia deixa muito claro que a vontade de Deus sempre foi que os estrangeiros participassem das bênçãos da salvação (Gênesis 22:18; Êxodo 12:49; Levítico 19:34; 1 Reis 8:41-43; Esdras 6:21; Salmo 72:8-17; Isaías 54:2,3; 56:3-8; 60:1-3; Jeremias 39:15-18; Joel 2:28-32; Amós 9:11,12; Zacarias 8:23; Malaquias 1:11).
É verdade que algumas vezes havia resistência por parte de alguns à chegada de prosélitos. Certos judeus de fato não apreciavam muito a mentalidade missionária. O profeta Jonas parece ter sido um desses, ou pelo menos se comportou como um; mas Deus o repreendeu por isso.
Por outro lado o próprio Antigo Testamento registra histórias de prosélitos que foram muito fieis a Deus. Dois dos exemplos mais conhecidos são as histórias de Raabe e Rute. Raabe era uma cananita que habitava em Jericó. Já Rute era uma moabita. Essas duas mulheres foram recebidas na comunidade judaica, e pela vontade soberana de Deus tiveram participação importante na história da redenção. Tanto Raabe quanto Rute são citadas na genealogia de Jesus.
Posteriormente, no período interbíblico e no tempo do Novo Testamento, o número de prosélitos cresceu ainda mais. Isso também teve a ver com o contexto geopolítico daquela época. Nesse tempo a Bíblia Judaica (Antigo Testamento) foi traduzida para o idioma grego, as sinagogas foram abertas ao público e, consequentemente, muitos gentios abandonaram suas práticas pagãs e se converteram ao culto a Deus.
A atividade missionária dos judeus em busca de prosélitos era algo comum nos tempo de Jesus. Inclusive, certa vez Jesus repreendeu os escribas e fariseus que dispensavam muitos esforços para a conversão de um prosélito e faziam dele um “filho do inferno” (Mateus 23:15).
Com isso Jesus não estava se posicionando contra os prosélitos. Ele simplesmente estava dizendo que os religiosos judeus, que tinham distorcido a verdadeira religião com conceitos humanos, faziam mais mal do que bem aos prosélitos, pois os contaminavam com uma religiosidade hipócrita e uma doutrina de salvação pelas obras.
Nem todos que eram definidos como prosélitos pertenciam à mesma categoria. Na verdade existiam prosélitos em diferentes graus. Isso acontecia porque nem todas as pessoas aderiam à religião judaica de forma completa e absoluta.
Por esse motivo havia distinção dos prosélitos em duas classes: os prosélitos de retidão (ou prosélitos de justiça) e os prosélitos da entrada (ou prosélitos da porta). Os prosélitos de retidão eram aqueles que só não se tornavam judeus quanto à raça por que isso era impossível, mas se tornavam judeus quanto à religião, pois abraçavam o Judaísmo de forma plena. Eles recebiam a circuncisão; prometiam se submeter a toda Lei Mosaica; eram batizados e até traziam sacrifícios no Templo.
Já os prosélitos da porta eram pessoas que renunciavam suas práticas pagãs e se tornavam simpatizantes da religião judaica. Alguns até frequentavam a sinagoga. Porém, esses prosélitos não chegavam a se enquadrar dentro de todas as exigências da Lei, especialmente com relação à circuncisão, apesar de guardarem muitos dos mandamentos morais.
No Novo Testamento esse tipo de prosélito é chamado devoto, adorador ou alguém temente a Deus (cf. Atos 13:50; 17:4,17; 16:14; 18:7). Entre os convertidos da Igreja Primitiva, muitos eram prosélitos. Lídia e o centurião Cornélio são exemplos de prosélitos da entrada que foram alcançados pela mensagem do Evangelho e se converteram ao Senhor Jesus Cristo.
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Emmanuel
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