O que é o Décimo Segundo Imã na escatologia islâmica?
Você tem alguma pergunta sobre Deus, Jesus, a Bíblia ou teologia? Você precisa de ajuda para entender um versículo ou passagem da Bíblia? Há alguma questão espiritual em sua vida para a qual você precisa de conselho ou orientação?
O Décimo Segundo Imã não é uma ideia cristã/bíblica, mas sim um conceito do Islã xiita ligado às crenças muçulmanas sobre o fim dos tempos. O Islã xiita é a segunda maior denominação de muçulmanos e dá mais importância ao título de imã do que o Islã sunita. A maioria dos xiitas acredita que houve apenas doze imãs "verdadeiros", sendo que o último deles está escondido na Terra sem ser visto desde o século IX. De acordo com essa crença, "o último imã" retornará um dia, junto com Jesus Cristo, para derrotar Satanás e uma figura semelhante ao anticristo, Al-Masih ad-Dajjal.
A maioria dos xiitas adere a uma abordagem chamada
Imamiyyah, muitas vezes chamada em inglês de "Twelvers" ("Doze-Imamitas" ou "Xiitas Duodecimanos"). Esses xiitas acreditam em apenas doze homens que podem ser chamados de "Imã". Todos nasceram entre os séculos VII e IX. O último, de acordo com a maioria dos xiitas, foi o Décimo Segundo Imã: Muhammad bin al-Hasan (também chamado de Abu al-Qasim Muhammad), mais comumente chamado de Muhammad al-Mahdi ou simplesmente Mahdi.
Mahdi é um título que significa "guiado". Ele é esperado como o muçulmano perfeito que reaparecerá e unirá o mundo sob o Islã. De acordo com as crenças xiitas, Muhammad bin al-Hasan nasceu perto do final do século IX e não foi mais visto depois da metade do século X. Supostamente, esse desaparecimento não foi resultado de morte, mas de um encobrimento divino, conhecido como ocultação.
A doutrina da ocultação contrasta com a crença dos muçulmanos sunitas e de uma pequena parcela dos muçulmanos xiitas que acreditam que al-Mahdi ainda não nasceu. Ou, pelo menos, que ele ainda não apareceu publicamente no cenário mundial. A crença xiita no papel do Décimo Segundo Imã é, pelo menos parcialmente, responsável pela abordagem do Irã à política internacional. Alguns observadores dos eventos mundiais se perguntam sobre uma possível conexão entre essa figura e a representação bíblica do Anticristo.
O Décimo Segundo Imã também é o título de um romance fictício de Joel Rosenberg.
