O que é o subjetivismo?

O subjetivismo é a teoria filosófica de que não há verdade fora da experiência do indivíduo. Ele se contrapõe ao objetivismo, que acredita no oposto: que a verdade existe fora da experiência e que, embora possamos não compreender totalmente essa verdade, ela existe e é absoluta. O subjetivismo diz que a verdade é subjetiva e que depende basicamente da mente e da experiência do sujeito. O subjetivismo é bastante parecido com o relativismo, pois diz que o que é verdade para uma pessoa pode não ser verdade para outra. A determinação do bem e do mal deve ser feita caso a caso, e a realidade é vista como fluida e plástica, moldável conforme as circunstâncias exigirem. Um padrão absoluto, de acordo com a filosofia do subjetivismo, não serve para todos.

É verdade que todos nós temos experiências subjetivas. Parte da sabedoria é a compreensão de que outras pessoas pensam, percebem e sentem de forma diferente. Forçar todos a seguirem o mesmo molde e os mesmos métodos geralmente é contraproducente. Duas personalidades muito diferentes podem acreditar objetivamente na mesma verdade, mesmo que sua maneira de aprender sobre essa verdade e de se relacionar com ela seja diferente. Veja, por exemplo, as experiências dos apóstolos Pedro e João. Jesus se relacionou com esses dois homens de maneiras muito diferentes e ensinou a cada um deles de acordo com o que sabia que precisavam - tudo isso sem mudar a Si mesmo ou Sua mensagem (João 21:15-23; Mateus 16:23; João 13:23-25). Repetidamente, a gentileza de Jesus com João é evidente, enquanto Jesus é mais duro e combativo com o obstinado Pedro. Jesus apresentou a verdade de forma diferente, mas não mudou a verdade. Ele não adotou o subjetivismo. Ele é a verdade (João 14:6).

O subjetivismo diz que a verdade de fato muda para se adequar ao indivíduo. Em grande parte, o subjetivismo é uma reação pós-moderna aos terríveis conflitos que surgiram em decorrência da luta das pessoas pela definição da verdade. Ao longo dos séculos, o mundo tem se envolvido em muitos conflitos, com todas as partes reivindicando a posição de destaque com base na "verdade" que defendem. As pessoas têm sido oprimidas por causa de suas crenças, ao que parece, desde o início dos tempos. Considerando esse histórico, uma sociedade cuja filosofia é o subjetivismo parece segura e progressista. Mas o subjetivismo traz seu próprio caos. Hoje em dia, muitas pessoas em nosso mundo têm empatia com terroristas, ficam intrigadas sobre quantos gêneros existem e questionam a própria realidade da realidade.

Embora possa tentar evitar o conflito, o subjetivismo - que é essencialmente uma rejeição total da crença - não está imune ao conflito. No vazio deixado pelo banimento da verdade absoluta, surge outro princípio: a tolerância. A tolerância se torna uma regra por si só e, quando pensamentos e ideias podem ser classificados como "intolerantes", eles podem e devem ser legalmente suprimidos. Se as ideias "subjetivas" de uma pessoa podem causar uma ofensa (igualmente subjetiva), então as ideias dessa pessoa não podem ser toleradas - a tolerância é intolerante com a intolerância, seja qual for a definição escolhida. Portanto, até mesmo o subjetivismo pode resultar em opressão, e de fato resulta.

O fato é que a verdade objetiva existe e essa verdade é apresentada nas Escrituras (João 17:17). Essa não é uma ideia popular hoje em dia, mas desde quando os ímpios amam a Palavra de Deus (veja Romanos 1:32)? Qualquer filosofia que tente explicar o universo à parte da verdade revelada por Deus terminará mal porque inevitavelmente coloca a vontade do indivíduo no centro. E sempre que uma vontade é colocada contra outra, haverá conflito. Por outro lado, quando todas as vontades forem submetidas a Cristo, haverá paz; o conflito cessará (Gálatas 5:13; João 13:34-35).

Um mundo que nega a verdade e abraça o subjetivismo naturalmente entrará em conflito com aqueles que defendem a verdade absoluta. É por isso que Jesus prometeu que Seu evangelho criaria conflitos (Mateus 10:34-36). Os cristãos não devem buscar a paz à custa da verdade objetiva; portanto, o subjetivismo é uma filosofia que os cristãos não podem aceitar. Em vez disso, os cristãos se apegam à verdade e se recusam a negar Cristo, mesmo quando isso resulta em conflito e perseguição (Mateus 5:10-11; 10:33).