O que é o Pleroma?
Você tem alguma pergunta sobre Deus, Jesus, a Bíblia ou teologia? Você precisa de ajuda para entender um versículo ou passagem da Bíblia? Há alguma questão espiritual em sua vida para a qual você precisa de conselho ou orientação?
Pleroma é uma palavra grega que tem a ver com encher ou estar cheio, ou completar ou estar completo. A palavra em várias conjugações é comum no Novo Testamento e é usada em uma variedade de contextos. Em Mateus 1:22, ela é traduzida como "cumprir (profecia)" e, em Mateus 13:48, é usada para descrever uma rede cheia de peixes. Em Atos 2:2, o som do vento impetuoso "encheu" a casa, e em Atos 2:28, Pedro cita Davi como estando "cheio" de alegria. No uso não bíblico, há exemplos de
pleroma sendo usado em um navio "cheio" ou até mesmo em um navio "totalmente tripulado". É simplesmente uma palavra grega normal sem nenhum conteúdo teológico inerente.
A razão pela qual o pleroma se tornou um problema é o uso que Paulo faz dele em Colossenses 1:9 para falar de estar "cheio" do conhecimento da vontade de Deus; em Colossenses 1:25 para dizer que ele está "plenamente" realizando seu ministério; em Colossenses 2:10 para dizer aos crentes que eles estão "completos" em Cristo; e em Colossenses 4:17 para incentivar alguém a "completar" seu ministério. Todas essas palavras são bastante diretas. Em Colossenses, Paulo usa a palavra
pleroma duas vezes em referência a Cristo - cada ocorrência é uma declaração poderosa da divindade de Cristo. Colossenses 1:19: "Porque Deus achou por bem que, nele, residisse toda a plenitude"; e Colossenses 2:9: "Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade".
O fato de Paulo usar a palavra
pleroma, que mais tarde se tornou um termo proeminente na teologia gnóstica, levou alguns a inferir que Paulo era gnóstico e, por sua vez, a tentar interpretar seus escritos, especialmente Colossenses, de forma gnóstica.
Nos escritos gnósticos, "o
Pleroma" assume um significado técnico. O
Pleroma é a perfeição espiritual que está em contraste com a deficiência física. (Os gnósticos acreditavam que a matéria era má.) No gnosticismo, o
Pleroma desceu sobre Cristo em Seu batismo e O deixou na crucificação antes de Sua morte. Os gnósticos também esperam ser capazes de vivenciar o
Pleroma por si mesmos à medida que progridem nos ensinamentos gnósticos.
No Novo Testamento, o
pleroma é a plenitude de Deus, o conjunto completo de atributos divinos que foram encarnados em Cristo. Cristo é totalmente Deus e totalmente homem e habitará para sempre em um corpo humano glorificado. Dessa forma, Ele é o único Filho de Deus. Embora os filhos de Deus pela fé herdem um corpo glorificado e sejam completos em Cristo (como em Colossenses 2:10) e habitados pelo Espírito de Deus, Cristo é único em Sua divindade e filiação. No gnosticismo, "o
Pleroma" é uma plenitude ou perfeição espiritual que desceu sobre Cristo temporariamente e pode descer sobre outros seres humanos também. O
Pleroma nunca estará permanentemente ligado a um corpo físico porque a matéria é considerada má - somente o espiritual é bom. Portanto, o entendimento gnóstico do
Pleroma, conforme se aplica tanto à singularidade de Cristo quanto à bondade da matéria criada, está em desacordo com o ensino bíblico.
