A teoria mimética é bíblica?

Você tem alguma pergunta sobre Deus, Jesus, a Bíblia ou teologia? Você precisa de ajuda para entender um versículo ou passagem da Bíblia? Há alguma questão espiritual em sua vida para a qual você precisa de conselho ou orientação?


A teoria mimética é uma tentativa de explicar a tendência da humanidade à violência e os mecanismos sociais que usamos para preservar a sociedade. A teoria mimética foi desenvolvida por René Girard por meio de seus estudos em várias disciplinas, incluindo mitologia, antropologia e história. A teoria mimética, conforme apresentada por Girard, pode ser classificada como uma abordagem filosófica da teologia cristã. Sua alegação é que o evangelho representa a expressão máxima tanto dos problemas quanto das soluções da teoria mimética na humanidade. O fato de a teoria mimética ser ou não totalmente compatível com a Bíblia está muito sujeito a opiniões.

De acordo com a teoria mimética, os seres humanos só aprendem imitando os outros. Daí o termo mimético, derivado da palavra grega mimesis, que significa "imitação". Esse mimetismo inclui não apenas o comportamento, mas também os desejos. Considere que uma das principais técnicas de publicidade é afirmar que outras pessoas desejam um produto: todo mundo quer isso, então você também deveria. Essa técnica inspira no público um desejo inerente por esse produto. O problema, de acordo com a teoria mimética, é que os desejos provocados pelo mimetismo geralmente são competitivos. As pessoas são capazes de cobiçar algo que somente alguns, e não todos, podem ter. Isso pode se aplicar a parceiros sexuais, poder, dinheiro ou praticamente qualquer outro objeto de desejo. O resultado de desejos competitivos é a violência e outros males sociais.

Para aliviar o conflito, de acordo com a teoria mimética de Girard, a humanidade desenvolveu certos mecanismos, como o bode expiatório e os tabus. No caso do bode expiatório, a sociedade atribui a culpa dos desejos não realizados a uma única vítima, que pode ou não ser realmente culpada de causar o problema. O dano causado ao bode expiatório satisfaz a necessidade de violência da cultura em resposta aos desejos frustrados. Usando tabus, certas formas de competição são apresentadas como proibidas para reduzir os desejos conflitantes e a violência resultante. Exemplos de tabus incluem costumes sociais que proíbem o incesto e o parricídio (matar os próprios parentes).

É claro que a teoria mimética é muito mais sutil do que o resumo acima. Há muitas interpretações diferentes de como essas ideias se manifestam na história e na cultura. Alguns filósofos apóiam as afirmações de Girard; outros duvidam delas. O mesmo acontece com os teólogos, que aceitam ou rejeitam as aplicações da teoria mimética ao cristianismo.

É interessante notar que, entre as críticas comuns à teoria mimética de Girard, está o fato de ele ser "amigável demais" com a visão de mundo judaico-cristã. Ou seja, Girard apresenta a mensagem de Jesus como a solução para os problemas de bode expiatório e violência. Ele distingue as histórias cristãs dos mitos antigos, especialmente pelo fato de que somente os Evangelhos do Novo Testamento afirmam tanto a inocência absoluta quanto a vontade absoluta por parte do bode expiatório (Cristo). Em sua defesa dos fracos, renúncia à vingança e empatia com as vítimas (e não com os bodes expiatórios), a narrativa bíblica é única na história humana.

Há elementos da teoria mimética compatíveis com as Escrituras. Jesus disse que o objetivo do ensino é produzir imitadores: "todo aquele, porém, que for bem-instruído será como o seu mestre" (Lucas 6:40). A imitação de Cristo é uma parte evidente de nosso chamado como crentes (João 13:12-15; Efésios 5:2), assim como Cristo imita Deus, o Pai (João 5:7; 14:11; 15:9-11). Paulo também promoveu o mimetismo benéfico: "Sigam o meu exemplo, assim como eu sigo o exemplo de Cristo" (1 Coríntios 11:1). De acordo com a teoria mimética, um perigo do mimetismo é que o aluno e o professor podem se tornar rivais à medida que o aluno se aproxima ou até mesmo supera a habilidade do mestre. No contexto cristão, isso é impossível - nunca vivemos de acordo com o padrão de Cristo (Romanos 5:8; 1 João 1:8); além disso, Cristo nunca estaria inclinado a nos temer ou se ressentir de nós (Apocalipse 19:7).

Da mesma forma, a transformação de nossos desejos é fundamental para a nossa santificação progressiva (Romanos 7:18; 12:2; Efésios 4:22). O sistema sacrificial do Antigo Testamento, bem como a crucificação de Cristo, pode ser visto como um bode expiatório divino, em que a culpa era transferida de um grupo para um indivíduo (Êxodo 29:36; 1 Coríntios 5:7; 2 Coríntios 5:21; Hebreus 9:23). De fato, Levítico 16 contém instruções para um bode expiatório real que levava os pecados do povo para longe do acampamento no Dia da Expiação. Esses ensinamentos bíblicos são certamente compatíveis com a teoria mimética, pelo menos em linhas gerais.

Girard, embora seja católico romano, desenvolveu sua teoria mimética antes de um estudo intensivo da Bíblia. Ou seja, a teoria mimética não é inspirada pelas Escrituras, mas algo que Girard sentiu que a Bíblia confirmava. A rigor, isso torna a teoria mimética "extrabíblica" - é uma ideia não explicitamente descrita, apoiada ou condenada pela Palavra de Deus.

Em resumo, a teoria mimética é muito parecida com outras tentativas filosóficas de definir o que significa ser humano e como corrigir nossas falhas. Embora seja muito mais amigável ao cristianismo do que alguns outros sistemas de filosofia, a teoria mimética não é uma visão inerentemente bíblica. Isso também não quer dizer que ela contradiga abertamente a Bíblia. No final das contas, é importante avaliar qualquer aplicação da teoria mimética com base no fato de ela estar de acordo com as Escrituras, e não avaliar as Escrituras por qualquer teoria criada pelo homem.

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