Por David Cloud
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A Contraditória Posição de John Pipersobre a Oração Contemplativa
John Piper (nascido em 1946) tem aumentadorapidamente sua influência entre fundamentalistas em geral e batistasindependentes em particular. Piper é o pastor sênior da Igreja Batista Belém,Minneapolis, Minnesota, que é tão insossa em seus padrões doutrinários que oconselho de anciãos propôs em 2002 que o estatuto da igreja fosse alterado parapermitir que um candidato rejeitasse o batismo por imersão, se ele"sincera e humildemente acredita que seja contrário à Escritura e de suaconsciência - e não apenas contrária à tradição familiar ou desejos - para serbatizado por imersão e, assim, considerar o seu batismo infantil ou a suaaspersão adulta como imprópria ou inválida"; a proposta não foi aprovada ,mas a verdade é que Piper e os anciãos estavam dispostos a aceitar o batismoinfantil, em alguns casos, o que é uma posição herética por uma assim chamadaigreja batista tomar.
A palavra grega "baptizo" significaimersão e o batismo é chamado de um sepultamento na Escritura (Rm 6:3-4; Col.2:12). Imersão não é apenas um modo de batismo, é o batismo, e não existe nenhumexemplo nas Escrituras de um bebê sendo batizado. Ao contrário, a exigênciapara o batismo é a fé em Cristo e uma criança é claramente incapaz de disso(Marcos 16:16, Atos 8:36-39; 16:30-33). Embora muitos acreditem sinceramenteque seu batismo infantil ou aspersão adulta é um batismo verdadeiro, eles estãosinceramente enganados e de modo algum devem ser encorajados no seu erro porpregadores batistas.
Minha conclusão é que o ensino de Piper é umateia de verdade e erro. Parece-me que ele é um homem muito sincero, que é oproduto do corrupto evangelicalismo contemporâneo (Seminário Teológico Fuller)e das mais importantes personalidades dentro deste movimento (por exemplo,Harold Ockenga, Francis Schaeffer, C.S. Lewis e Daniel Fuller).
Piper tem uma paixão louvável pelo evangelismomundial. Ele não faz rodeios sobre algumas verdades fundamentais, como aperdição do homem, a estreiteza do Evangelho, a expiação pelo sangue, e arealidade do inferno.
Por seu próprio testemunho, o princípio centralda teologia de Piper é o "hedonismo cristão". Este é o seu termo eele o tem defendido ao longo dos anos contra todos os desafios. Ele diz que é"uma filosofia que toca praticamente todas as áreas da minha vida".
O hedonismo cristão é uma doutrina que diz que amaior vocação do homem é buscar sua própria felicidade ao buscar a Deus.
Hedonismo cristão é uma mistura extremamentesutil de verdade e erro, mas o erro é grave. Peter Masters, pastor sênior doMetropolitan Tabernacle em Londres, a igreja que ficou famosa por serpastoreada Charles Spurgeon, disse-me em fevereiro de 2011 que ele acredita queo ensino de Piper é "perigoso". Ele alertou sobre isso em"Hedonismo Cristão - É correto?" Sword & Trowel,2002, No. 3.
Piper é rápido em dizer que o hedonismo cristão"não significa que Deus se torna um meio para nos ajudar a conseguirprazeres mundanos".
Mas, apesar desta negação, o hedonismo cristãocaiu como uma luva nas mãos do movimento de rock cristão com suafilosofia "não deixe que ninguém lhe diga como viver", o movimentocarismático/pentecostal, e os elementos "culturalmente liberais" daigreja emergente . De fato, a filosofia de Piper tem sido influente em todosesses movimentos.
Piper em dois de seus livros (DesiringGod e Don’t Waste Your Life) descreve as raízes dohedonismo cristão. Ainda que ele procure convencer que esta filosofia sejabaseada na Bíblia, ele é no mínimo ingênuo ao admitir que na verdade ele sebaseou nos escritos dos seguintes homens:
Blaise Pascal
Um dos primeiros homens citados por Piper em seulivro Desiring God é Blaise Pascal.
"Durante o meu primeiro trimestre noseminário fui apresentado ao argumento em favor do prazer cristão e a um dosseus grandes defensores, Blaise Pascal. Ele escreveu: 'Todas as pessoas buscama felicidade. Não há exceção para isso. Sejam quais forem os meios diferentesque empreguem, todos objetivam esse alvo. A vontade nunca dará o último passoem outra direção. Esse é o motivo de cada ação de todo ser humano, mesmo dosque se enforcam’. Essa declaração combinou tão bem com meus próprios anseiosprofundos e com tudo o que sempre tinha visto nos outros, que a aceitei ejamais encontrei alguma razão para duvidar dela... Jonathan Edwards vinculou isso(a declaração de Pascal) à Palavra de Cristo: Jesus sabia que toda a humanidadeestava em busca de felicidade. Ele a dirigiu para a maneira correta dealcançá-la e disse-lhe em que precisa se tornar para ser abençoada efeliz'" (Desiring God).
O católico romano Blaise Pascal foi um matemáticobrilhante, mas ele também foi um teólogo herege e um homem profundamenteconfuso, espiritualmente. Embora atacasse alguns aspectos do catolicismo, eleaceitou o papado, a missa, os santos, a mariolatria e veneração de relíquias.Ele foi profundamente influenciado pelo misticismo cego do jansenismo e passoumuito tempo em um convento, onde sua irmã era uma freira e onde o misticismocatólico era praticado. Sua única declaração escrita de fé absoluta pertencia aum suposto milagre ocorrido no convento de Port-Royal em que sua sobrinha foisupostamente curada de uma doença ocular pela aplicação de um espinho dasuposta coroa que foi colocada na cabeça de Cristo. Seu livro maisinfluente, The Pensees (Pensamentos)contém uma filosofia que rejeita a revelação divina infalível e, portanto, nãopossui certeza sobre nada, exceto uma humildade mal definida e de graça. Eleafirma que o homem não pode conhecer as coisas profundas de Deus e dosmistérios do universo. Ele chamou de cegueira um "salto no escuro da fé emDeus", por razões pragmáticas (porque acreditar em Deus é mais seguro doque não acreditar em Deus).
Pascal é um homem muito perigoso para se seguirem assuntos espirituais, e ainda mais quando uma citação dele é fundamentalpara o Hedonismo Cristão de John Piper.
C.S. Lewis
John Piper é um discípulo C. S. Lewis. Ele citaLewis com frequência e nos termos mais positivos (ele menciona algumas"falhas" de passagem, sem especificamente identificá-las). Piper diz:"C.S. Lewis ... caminhou ao longo do horizonte do meu pequeno caminhoescuro em 1964 com um brilho resplandecente de tal forma que é difícildimensionar o impacto que ele teve na minha vida" ( Don’t Waste Your Life, p.19). Ele diz que "nos cinco ou seis anos seguintes eu quase nunca estavasem um livro de Lewis à mão" (p. 20). Ele diz que Lewis "me ajudou atornar-me vivo em vida" (p. 19).
No prefácio de Desiring God, Piperlista Lewis como um dos "heróis deste livro". Piper chama Lewis de"o homem que me ensinou a ver" (Don’t Waste Your Life, p.18).
Ao expor a história de como ele desenvolveu adoutrina do hedonismo cristão, Piper escreve:
"No tempo da faculdade, eu aprendera aapreciar muito a obra de C. S. Lewis. Contudo, apenas bem mais tarde comprei osermão intitulado "Peso de glória". A primeira página desse sermão éUMA DAS MAIS INFLUENTES PÁGINAS LITERÁRIAS QUE LI. Se hoje a noção de queé errado desejar a nossa felicidade e esperar ansiosamente gozá-la esconde-sena maioria das mentes, afirmo que ela surgiu em Kant ou nos estóicos, mas nãona fé cristã"(Desiring God).
As "falhas" de C.S. Lewis são básicas,começando com a salvação e o próprio evangelho. Até mesmo a revistaChristianity Today admite que Lewis "foi tudo menos um evangélicoclássico, social ou teologicamente. ... ele não endossava a inerrância bíblicaou substituição penal. Ele acreditava no purgatório e na regeneração batismal("C.S. Lewis Superstar", Christianity Today, Dez.2005).
É óbvio que C.S. Lewis era um herege que tinhaheresias verdadeiramente condenáveis, mesmo falando da salvação e do evangelho,mas John Piper admite abertamente que a sua doutrina do hedonismo cristão foiderivada em grande parte dos escritos de Lewis. Em vez de fugir de Lewis quandodescobriu suas heresias, em vez de evitá-lo como ordenado em Romanos 16:17 eoutras Escrituras, Piper o abraçou.
Daniel Fuller
Outra influência importante no desenvolvimento dohedonismo cristão foi Daniel Fuller, presidente do Seminário Teológico Fuller.Piper escreve sobre ele:
"Fico sempre em dívida para com DanielFuller em tudo o que faço. Eu estava em sua classe em 1968, onde as seminaisdescobertas foram feitas. ... Ele continua a ser um estimado amigo eprofessor" (Desiring God).
"Minha dívida para com Daniel Fuller éincalculável" (Don’t Waste Your Life).
Daniel Fuller, filho de Charles Fuller, fundadordo Seminário Teológico Fuller, é o triste produto da renúncia do NovoEvangelicalismo ao separatismo. Na busca de credenciais educacionaisimpressionantes, ele foi enviado para a Alemanha para se sentar aos pés deteólogos modernistas e o impacto sobre sua fé, como seria de se esperar (1Coríntios 15:33), foi negativo. Ele rejeitou a doutrina fundamental dainerrância das Escrituras e se tornou um líder no esforço em mudar a declaraçãodoutrinária do Fuller para refletir sua visão herética. Isso ocorreu em 1972. Adeclaração original, dizia que a Bíblia é "plenamente inspirada e livre detodo erro no todo e em parte". A nova declaração eliminou a parte "livrede todo erro no todo e em parte", deixando assim espaço para a visãoherética de que a Bíblia contém erros, uma opinião defendida pelo reitor doSeminário, Daniel Fuller, e o presidente, David Hubbard, e por algunsprofessores do Fuller. Estes incluíram Paul Jewett, que escreveu em seu livrode 1975 Man as Male and Female, "Gênesis 1 não é uma parteliteral do relatório científico, mas uma narrativa que ilumina o sentidosupremo da existência do homem. ... mito religioso, saga, ou alegoriabíblica"(pp. 122, 123). Os professores do Fuller, Edward Carnell e WilburSmith endossaram o livro de Bernard Ramm The Christian View of Scienceand Scripture, que alega que a Bíblia é divinamente inspirada apenas emalgumas questões e que contém erros em áreas como ciência e história. Ramm,escreveu: "Qualquer que seja nas Escrituras a referência direta às coisasnaturais é mais provável que seja em termos dos conceitos predominantesculturais". Ele aceitou a evolução teísta, negou que o dilúvio de Noé foiem todo o mundo, explicou muitos dos milagres de Êxodo de forma naturalista,negou que o sol se deteve no dia de Josué, etc.
O declínio na defesa da doutrina da inspiraçãobíblica estava em plena floração, quando Piper estava no Seminário Fuller entre1968-71 e seu professor favorito estava na vanguarda desta heresia, mas Pipernão fez nada além de elogiar Daniel Fuller e nem sequer menciona este sériacontrovérsia no contexto do seu elogio.
A queda espiritual do Seminário Teológico Fullerfoi documentada em 1976 pelo ex-vice-presidente Harold Lindsell em The Battle for the Bible.
A recomendação de John Piper de Daniel Fuller esua admissão no Seminário Fuller que teve um grande impacto na sua vida é umassunto muito sério.
Harold John Ockenga
Outra grande influência que Piper teve foi HaroldJohn Ockenga. Piper escreve sobre ele:
"Ockenga, então pastor da Igreja Park Streetem Boston, estava pregando na capela, todas as manhãs durante a semana deênfase espiritual. Eu estava escutando a WETN, a estação de rádio da faculdade.Nunca tinha ouvido uma exposição das Escrituras como aquela. ... Fiquei alisentindo como se tivesse acordado de um sonho, e sabia, agora, que eu estavaacordado, o que eu estava a fazer" (Don’t Waste Your Life).
Novamente, não há nenhum alerta. Ockenga éelogiado e recomendado de forma não crítica.
Harold Ockenga foi um dos pais doneo-evangelicalismo. Ele foi extremamente influente. Ele foi pastor da igrejaPark Street em Boston, fundador da Associação Nacional de Evangélicos,co-fundador e primeiro presidente do Seminário Teológico Fuller, o primeiropresidente da Sociedade Evangélica Mundial, presidente do Gordon College, doconselho de diretores da Associação Evangelística Billy Graham, presidente doGordon-Conwell Theological Seminary, e ex-editor da revista ChristianityToday.
Ockenga alegou ter cunhado o termo"neo-evangélico" e de ter gerado o movimento. A declaração abaixo é aforma como ele definiu o Novo Evangelicalismo em 1976, quando ele escreveu oprefácio do livro de Harold Lindsell, The Battle for the Bible:
"O Neo-evangelicalismo nasceu em 1948 emconexão com uma convocação para um discurso que dei no Civic Auditorium dePasadena. Enquanto reafirmando a visão teológica do fundamentalismo, estediscurso REPUDIOU SUA ECLESIOLOGIA E SUA TEORIA SOCIAL. A chamada para umREPÚDIO AO SEPARATISMO E A CONVOCAÇÃO PARA O ENVOLVIMENTO SOCIAL recebeu umaresposta saudável de muitos evangélicos. O nome pegou e porta-vozes, como osdoutores Harold Lindsell, Carl F.H. Henry, Edward Carnell, Gleason Archerapoiaram este ponto de vista. Não tivemos nenhuma intenção de lançar ummovimento, mas descobriu-se que a ênfase atraiu o apoio generalizado e exerceugrande influência. O Neo-evangelicalismo é ... DIFERENTE DO FUNDAMENTALISMO EMSEU REPÚDIO AO SEPARATISMO E A SUA DETERMINAÇÃO EM ENVOLVER-SE NO DIÁLOGOTEOLÓGICO DE HOJE. ELE TEM UMA NOVA ÊNFASE SOBRE A APLICAÇÃO DO EVANGELHO NASÁREAS SOCIOLÓGICA, POLÍTICA E ECONÔMICA DA VIDA. Neo-evangélicos enfatizam areafirmação da teologia cristã, de acordo com a necessidade dos tempos, OREENGAJAMENTO NO DEBATE TEOLÓGICO, A RECAPTURA DA LIDERANÇA DENOMINACIONAL, EREEXAME DOS PROBLEMAS TEOLÓGICOS, COMO A ANTIGUIDADE DO HOMEM, A UNIVERSALIDADEDO DILÚVIO, OS MÉTODO DE DEUS NA CRIAÇÃO, E OUTROS".
Esta declaração é contraditória e hipócrita.Ockenga disse que o Novo Evangelicalismo afirma a visão teológica dofundamentalismo, mas ao mesmo tempo, ele diz que o Novo Evangelicalismo chamapara "o reexame de problemas teológicos tais como a antiguidade do homem, auniversalidade do dilúvio, o método de criação de Deus, e outros". Issodescreve uma definitiva e dramática regressão na visão"fundamentalista" da inspiração divina das Escrituras. Foi umacapitulação vergonhosa para a falsamente chamada ciência moderna. Para o crentena Bíblia, a antiguidade do homem, a universalidade do dilúvio, e método deDeus na criação não são "problemas" a serem resolvidos, eles sãodoutrinas divinas para serem acreditadas.
Desde a sua criação o Novo Evangelicalismo temsido um ataque sutil, mas hediondo sobre a fé uma vez entregue aos santos. Vocênão pode "repudiar o separatismo" sem repudiar a Bíblia, porque aseparação é um ensinamento fundamental da Palavra de Deus.
Separação não significa ser sem amor ou vil; nãoé algo "não essencial" ou uma parte opcional do cristianismo, é ummandamento divino.
"noteis . . . desviai-vos deles" (Rom.16:17)
"Não vos prendais a um jugo desigual"(2 Cor. 6:14)
"saí do meio deles" (2 Cor. 6:17)
"aparta-te dos tais" (1 Tim. 6:5)
"evita" (2 Ti. 2:16)
"se purificar destas coisas" (2 Tim.2:21)
"afasta-te" (2 Tim. 3:5)
"evita-o" (Tito 3:10)
"não o recebais em casa, nem tampouco osaudeis" (2 Jo. 10)
John Piper e sua doutrina do hedonismo cristãosão produtos do movimento neo-evangélico e havia morte na panela desde o seuinício. Piper foi treinado em duas instituições neo-evangélicas declaradamentemortas (Wheaton e Fuller) e ele nunca renunciou ao neo-evangelicalismo e suasheresias.
À luz do repúdio do Novo Evangelicalismo aoseparatismo, não é surpresa que Wheaton e Fuller tem se tornado cada vez maisapóstatas ao longo dos anos, ainda que Piper continue falando afetuosamentedeles e elogiado seus professores neo-evangélicos. Mais recentemente, RichardMouw, presidente do Seminário Fuller, elogiou o livro universalista de RobBell Love Wins. Ele o chamou de um "belo livro" e disse:"Eu basicamente concordo com a sua teologia" (The Orthodoxy of RobBell, Christian Post, 20 de março de 2011). Isto nos diz o quão terrivelmente oseminário Fuller caiu longe de suas raízes em relação ao ministérioevangelístico "somente através do sangue" de Charles Fuller. Mouwconcorda com Bell que é errado dizer: "Aceite Jesus agora, porque se daquia 10 minutos você morrer sem aceitar esta oferta, Deus vai castigá-lo parasempre no fogo do inferno". Comentários de Mouw: "Que tipo de Deusestamos apresentando para a pessoa?" A resposta é o Deus da Bíblia e oDeus pregado pelos fundadores do Seminário Teológico Fuller. É o novo deus deBell e Mouw. Mouw diz que depois que um rabino, amigo seu morreu, ele"estenderia a esperança, que ... Jesus iria recebê-lo no reinocelestial". Nunca li nada parecido na Bíblia, mas C.S. Lewis ensinou issomesmo. Mouw diz que aqueles que questionam a salvação de Madre Teresa só porqueela acreditava em um falso evangelho deveriam ter vergonha de si mesmos. Acho,então, que o apóstolo Paulo deveria ter vergonha de si mesmo para dizer queaqueles que pregam um falso evangelho são anátemas (Gálatas 1).
Quero salientar que John Piper não aceita asheresias do universalismo e a negação de um inferno eterno de fogo. Ele atéreprovou Rob Bell no seu blog, mas ele não vê que esses erros foramfundamentais no neo-evangelicalismo, tais como o repúdio ao separatismo e aênfase no diálogo e o re-exame da doutrina, que criou a situação atual em queevangelicalismo é tomado por completo com heresias de perdição.
Que Piper é um produto do Novo Evangelicalismo enão o renunciou é um assunto muito sério.
Que sua doutrina do hedonismo cristão é o baseadonos escritos de Neo Evangélicos hereges é um forte alerta.
Desejar Deus é bíblico, mas incorporando a minhafelicidade em princípio não é.
Nós não discutimos uma ênfase em desejar a Deus. Somosexortados a nos regozijar no Senhor. O amamos com todo o nosso coração, alma,força e mente. O amamos tão fervorosamente que o nosso amor por qualquer outrapessoa ou coisa parece ser um aborrecimento (Lucas 14:26). Nos é dado oexemplo de uma alma que suspira pelo Senhor como um cervo que brama pelascorrentes das águas. Deus é a minha rocha, minha fortaleza, meu libertador,minha força, meu escudo, a força da minha salvação, minha torre forte.
Não, não há absolutamente nada de errado emdesejar a Deus, e na verdade não o desejamos na medida certa. Essa é afinalidade para a qual fomos criados. Essa é a própria essência da genuína vidahumana.
O que rejeitamos é a fórmula que John Piper crioue a apresentação desta fórmula especial como a essência da vida cristã.
O que rejeitamos é ligar a nossa felicidadediretamente com a busca de Deus, porque a Bíblia não menciona isso.
Há uma abundância de felicidade e alegria na vidacristã piedosa, mesmo neste mundo, mas a Bíblia não enfatiza desta forma, comoPiper faz.
É verdade que temos a promessa de recompensas esomos encorajados a esperá-las, e é verdade que não é errado ser motivado paraeste fim, mas isso não favorece o Hedonismo Cristão de Piper.
Também é verdade que o Novo Testamento diz muitosobre a "alegria do Senhor" na vida cristã, mas é importantecompreender que a alegria não é a mesma coisa que a felicidade emocional tãoprocurada pelo mundo. Há muita felicidade na vida cristã, mas é um erro pensarque este é apenas o que a Bíblia quer dizer com alegria e júbilo. 2 Coríntios6:10 diz: "Como contristados, massempre alegres". 1 Pedro 1:6 diz: "Em que vós grandemente vos alegrais, ainda queagora importa, sendo necessário, que estejais por um pouco contristados comvárias tentações". Jesus Cristo, que foi ungido com o óleode alegria (Heb. 1:9), também foi
"homemde dores, e experimentado nos trabalhos"(Isaías 53:3).
Dessas passagens é evidente que se pode ser felizmesmo quando emocionalmente triste, mesmo quando o espírito está pesado, mesmoquando se está passando por sofrimento. A ALEGRIA E GOZO CRISTÃO É, ACIMA DETUDO A CONFIANÇA INABALÁVEL EM DEUS, INDEPENDENTEMENTE DAS CIRCUNSTÂNCIAS. Istoé evidente no uso das palavras gregas. A mesma palavra grega traduzida como"glória" em Romanos 5:11 (kauchaomai) também está em Rm 5:3;Rm 5:2; Rm 2:17, 23; 03:27, 2 Coríntios . 11:16. O vangloriar-se ou gloriar-seem Cristo e as promessas de Deus são alegria!
Há um grandeperigo na identificação de alegria cristã apenas com o prazer emocional, comuma alegria espiritual. Devido à condição caída deste mundo mau e de nossaprópria natureza corrompida, é impossível, que experimentemos uma pequenaquantidade de tristeza e aflição na vida presente. O grande apóstolo Paulodisse: "... tambémgememos em nós mesmos, esperando a adoção, a saber, a redenção do nosso corpo" (Rm 8:23). Deus não promete livrar o cristão das doresde uma criação caída. Há aqueles que exigem do cristão tentar manter umaexuberância emocional, mas isso vai contra a Palavra de Deus. Tiago 5:13 diz:"Está alguém entre vós aflito? Ore. Está alguémcontente? Cante louvores" Aqui a Palavra de Deus reconhece que hádiferentes experiências emocionais entre os membros de uma igreja emdeterminado momento, e não exige que todos obedeçam a um padrão único deeuforia. Ao atribulado não é dito para ser feliz, a ele é dito para orar.
Na verdade, para o cristão mundano, aquele quetornou-se amigo do mundo, que está se alegrando na sastisfação carnal, oapóstolo Tiago diz: "Senti asvossas misérias, e lamentai e chorai; converta-se o vosso riso em pranto,e o vosso gozo em tristeza"(Tiago4:4, 9). Esta é uma exortação adequada para a geração atual de cristãos quevivem uma vida de luxúria e que são descritos em 2 Timóteo 4:3-4.
A plenitude e a perfeição da felicidade emocionalé algo que pertence ao futuro, quando o crente irá gozar na glória eterna deCristo no Céu e o "homem velho" terá desaparecido e teremos um corporessurreto.
Não devemos fazer do nosso principal objetivoneste mundo buscar tal alegria, ou seremos severamente desapontados. ComoJesus, "o qual, pelo gozo que lhe estava proposto,suportou a cruz" (Hb 12:2), o filho de Deus deve ser firmepara suportar os sofrimentos múltiplos da vida presente com os olhos focados naalegria indizível que está por vir; ele deve se recusar a se desviar por umabusca vã de euforia emocional no aqui e agora.
A felicidade vem e vai nesta vida. Não é algo quedeve ser perseguido. Os Salmos estão cheios de descrições de melancolia esofrimento. Somente no Salmo 119, encontramos as seguintes condições: a alma dohomem de Deus está quebrantada pelo desejo (v. 20), consome-se de tristeza (v.28), está grandemente indignada (v. 53), desfalece pela salvação (v. 81),secou-se como um odre na fumaça (v. 83), é quase consumido (v. 87), está pertode perecer na aflição (v. 92), está aflitíssimo (v. 107). Sua alma estácontinuamente em suas mãos (v. 109); sua carne se arrepia de temor (v. 120),seus olhos desfalecem para a salvação (v. 123). Rios de águas correm dos seusolhos (v. 136). Ele é consumido pelo zelo (v. 139), está tomado de aflições eangústias (v. 143), está necessitado de libertação do sofrimento (v. 153). Eletem muitos perseguidores e inimigos (v. 157); é perseguido sem causa (v. 161);se desgarrou como a ovelha perdida (v. 176).
A descrição da Bíblia sobre a vida cristã nomundo atual enfatiza fortemente o aspecto dos problemas e perseguições.
A plenitude da felicidade é descrita mais emconexão com a próxima vida vez da presente. Esta vida presente é descritamais em contexto de problemas do que felicidade. Romanos 8 contrasta"as aflições deste tempopresente" com a glória que se seguirá na próximavida. Nesta passagem Paulo descreve a vida cristã em termos de"aflições" (v. 18), "expectação" (v. 19), "sujeita àvaidade" (v. 20), "servidão da corrupção" (v. 21) ,"gemendo e com dores" (v. 22), "gemendo em nós mesmos" (v.23), "esperando a adoção" (v. 23).
Se a felicidade, até mesmo a felicidade em Deusfosse o elemento principal da vida cristã presente, Paulo não teria dito que senão fosse pela ressurreição e a vida futura ele seria o mais miserável de todosos homens (1 Coríntios 15:19).
É possível encontrar textos de prova para apoiara ênfase de Piper sobre a felicidade que se encontra na busca de Deus, mas nãoé suportado pelo ensino geral e ênfase do Novo Testamento.
O erro central do hedonismo cristão é que ele nãoé desenvolvido a partir das Escrituras, mas é lido na Escritura. Em DesiringGod Piper opera um princípio invertido da exegese. Ele primeiro definesua doutrina a partir de escritos humanos, para em seguida, ir nas Escrituraspara provar isso. Ele constrói o seu hedonismo cristão dos escritos de BlaisePascal, de C.S. Lewis, Jonathan Edwards, e outros, e só depois é que ele vaipara a Escritura para ter suporte. Por todo o restante de seu livro, ele assumea crença no hedonismo cristão e fala disso como uma doutrinaestabelecida.
Ele fala, por exemplo, "este fato - louvor,que significa prazer consumado e que o mais elevado propósito do homem é beberprofundamente deste prazer". Mas isso é presunção, porque ele nãoestabeleceu diretamente da Escritura que isto é um fato.
Se o leitor aceita que Piper provou a verdade desua doutrina, então ele não vai criticar corretamente os textos de prova queele oferece. Isto é como falsos mestres que manuseiam a Bíblia, e é muitoeficaz porque a maioria das pessoas não estão fundamentadas nos princípios decorretos de interpretação, tais como analisar o contexto, comparar Escrituracom Escritura, e examinando a doutrina à luz da Escritura como um todo.
Como todas as heresias, o hedonismo cristão ébaseado em textos de prova ao invés de posse de toda a Escritura. Se ohedonismo cristão fosse verdadeiro e tão importante, haveria muitas passagensnas epístolas do Novo Testamento que o colocariam com perfeita clareza, mas naverdade em nenhum lugar os escritores da Bíblia oferecem o hedonismo cristãocomo a "essência" ou o "segredo" da vida cristã.
Peter Masters diz:
"Eu nem por um momento sugiro que seu uso daEscritura é desonesto ou manipulador, mas ele é claramente tão carregado porsua visão que ele vê corroboração para sua doutrina onde não é para servisto".
Sincero ou não, manipulativo ou não, oefeito é o mesmo, e a Palavra de Deus adverte: "E, se alguém também milita, não é coroado se não militarlegitimamente" (2 Timóteo 2:5). Devemos corretamente,legitimamente manejar as Escrituras (2 Tm. 2:15), e tirá-las do contexto einserir uma teologia pré-concebida por alguém nas passagens não é o caminhocerto.
Este problema percorre todo o ensino Piper. Mashá muitas afirmações bíblicas boas. Considere o seguinte, por exemplo:
"Devemos jogar o combustível da Palavra deDeus todos os dias no fogo da alegria? Realmente, devemos! Não apenas todos osdias, mas dia e noite… Oh, que não tratemos a Bíblia como algo inútil! Se ofizermos, estaremos nos opondo a nós mesmos e desprezando os santos quetrabalharam e sofreram pela Palavra de Deus" (Desiring God).
Poderíamos citar muitas boas declarações comoesta, mas o ensino é intercalado com o raciocínio humano, que é contrário àEscritura, versículos tomados fora do contexto, e citações de hereges, de talforma que eles são recomendados, quer se trate de C.S. Lewis, DietrichBonhoeffer (que Piper chama de "presente de Deus para a minha geração deestudantes"), Daniel Fuller, Karl Barth, Ayn Rand, Agostinho, ou qualqueroutro. Piper joga psicoheresia, misticismo contemplativo, e muitos outros errosno seu guisado teológico.
O ensino de Piper não é puro. A trombeta não dáum som correto. Há perigo espiritual aqui.
Piper sabe as implicações do termo"hedonismo" nesta época apóstata onde o que predomina no cristianismoatual é o amor próprio, um tipo de vida mundana descrita em 2 Timóteo 3:1-2 e4:3-4:
"SABE, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempostrabalhosos. Porque haverá homens amantes de si mesmos... Porquevirá tempo em que não suportarão a sã doutrina mas, tendo comichão nos ouvidos,amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviarãoos ouvidos da verdade, voltando às fábulas".
Apesar disso, Piper persiste obstinadamente emchamar sua doutrina de "hedonismo cristão."
Ele diz: "Isso não significa que Deus é omeio para nos ajudar a ter prazeres mundanos", mas a sua doutrina é tão sutile o coração é tão enganoso e a carne é tão forte e a apostasia tão profunda quepode facilmente ser assim interpretado.
Piper não tem claramente distinguido seu"hedonismo" do cristianismo rock & roll. Ele não reprovou o"liberalismo cultural" da igreja emergente. Não, ele juntou as mãoscom Mark Driscoll, em uma conferência sobre desejar a Deus. Ele não reprovou asheresias de crescimento da igreja Rick Warren. Na verdade, ele realizou umaconferência sobre desejar a Deus na igreja de Warren, a SaddlebackChurch.
Em seu fruto, o hedonismo cristão de John Pipertem muito mais em comum com o cristianismo apóstata de 2 Timóteo 4:3-4 do quecom o cristianismo de Paulo.
Em contraste com a idéia de Piper de que existeuma "chave" para a santificação, a Bíblia apresenta uma abordagemmúltipla.
A seguinte crítica por Peter Masters identificaeste erro:
"O Hedonismo Cristão diz que a busca dafelicidade em Deus é a fonte soberana do poder e energia para a vida do cristão.... deleitando-se em Deus é a questão crucial na caminhada cristã; a partecentral e mais importante da vida de fé. ... deleitando-se em Deus é oprincípio organizador para todas as outras experiências espirituais e dosdeveres cristãos. Torna-se a fórmula-chave para todo o vigor e desenvolvimentoespiritual. Todos os outros deveres cristãos são considerados dependentes dequão bem obedecemos este dever central de deleitar-se no Senhor. Toda a vidacristã é simplificada em se apoiar em uma única busca, o qual é obrigada adistorcer a percepção da vida cristã e como ela deve ser vivida. [Atentativa de Piper] em simplificar a santificação bíblica está fadada aofracasso porque o método bíblico para a santificação e o crescimento espiritualconsistem de uma série de fios ou caminhos de ação, e todos devem receberatenção individual. Assim que você substituir uma única grande idéia ouprincípio organizador, e agrupar todas as vertentes em uma só, você altera oprojeto de Deus e seu método. Os aspectos vitais da verdade e de conduta vãopara o papel e recebem pouca ou nenhuma atenção. Você não podereorganizar a maneira do Senhor de realizar os frutos de piedade sem varrerpara fora da vista muitos dos deveres cristãos. Sistemas que tem um únicoprincípio não têm a intenção de causar danos, mas, inevitavelmente, eles ofazem. Tomando emprestado um jargão científico moderno, a santificação bíblicaé um sistema de complexidade irredutível. Não que isso seja muito complicado -tendo somente sete ou oito virtuosas componentes conhecidas no qual todas devemser mantidas à tona no ministério" (Peter Masters, "ChristianHedonism - Is It Right?" Sword & Trowel, 2002, No. 3).
Existem de fato muitos aspectos da vitóriaespiritual e nem Cristo, nem os escritores das epístolas do Novo Testamento aapresentaram sempre como uma coisa qualquer.
Se houvesse qualquer "chave",poderíamos ter certeza de que Cristo a teria descrito.
Talvez o mais próximo que Cristo chega a umacoisa dessas é João 15, onde a "chave" seria permanecermos n'Ele, masisso não é oferecido como a soma da vida cristã ou uma chave abrangente.
Quanto aos apóstolos, se houvesse qualquer"chave", poderíamos ter certeza de que eles a teriam descrito emtermos claros e precisos para as igrejas do primeiro século que passavam pormuitas dificulades e a teriam enfatizado nas Epístolas Pastorais para ospregadores que estavam no meio da batalha. Mas olhamos em vão por uma descriçãodo hedonismo cristão ou qualquer outra "chave".
Considere um exemplo de Pedro e de Paulo:
2 Pedro 1:
Aqui Pedro resume o caminho da vitória espirituale frutos eternos, e ele menciona muitos elementos. Existe a confiança naspreciosas promessas de Deus (v. 4). Há a busca diligente de crescimentoespiritual através da construção sobre o fundamento da fé para acrescentar aoconhecimento virtude, ciência, temperança, paciência, piedade, amor fraternal ecaridade (vv. 5-7). Existe a abundância nessas coisas (v. 8). Por estes meiosPedro nos assegura que tornaremos certa a nossa vocação e eleição e seráamplamente concedida a nós a entrada no reino eterno de Cristo (vv. 10-11).
Efésios 4-6:
Em Efésios 1-3 Paulo estabelece as basesdoutrinárias da vida cristã. Ele descreve a posição eterna e imutável do crenteem Cristo. Em Efésios 4-6 ele se volta para a vida cristã no mundo atual. Nãohá um "segredo", nem "chave" ou "essência". Aocontrário, Paulo expõe muitos elementos de vitória espiritual e de fecundidade.Estamos a andar como é digno de nossa vocação (4:1), suportando uns aos outrosem amor (4:2), e procurando manter a unidade do Espírito (4:3). Há anecessidade de submeter-se aos ministros que Deus deu às igrejas paracrescimento e proteção (Ef 4:11-16). Somos exortados a não andar como os nãocrentes, mas seguir a verdade em amor (Ef. 4:17 - 5:15). Devemos andarprudentemente (Ef 5:15), para remir o tempo (Ef 5:16), para entender a vontadede Deus (Ef 5:17), para ser cheio do Espírito (Ef 5:18) , para cantar salmos edar graças (Ef 5:19-20), para sujeitarmo-nos uns aos outros no temor de Deus(Ef 5:21). As esposas devem sujeitar-se aos seus maridos e os maridos devemamar suas esposas (Efésios 5:22-33). Os filhos devem obedecer seus pais e ospais devem educar os seus filhos na disciplina e na admoestação do Senhor e osservos ser obedientes a seus senhores e estes devem deixar de ameaçá-los (Ef6:1-9). Devemos colocar toda a armadura de Deus e, assim, permanecer firmescontra as astutas ciladas do diabo (Ef 6:10-20).
Poderíamos olhar para as epístolas de Romanos,Gálatas, Coríntios, Tiago, Iª João, e encontraríamos a mesma coisa. Em nenhumlugar encontramos uma essência única e fundamental da vida cristã. Em vezdisso, há muitos elementos de vitória, muitas responsabilidades espirituais emorais.
É verdade que Jesus resumiu toda a Lei em doisprincípios:
"E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teucoração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro egrande mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo comoa ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a lei e os profetas". (Mateus 22:37-40)
Mas esta é a essência da Lei de Moisés, não aessência da vitoriosa vida cristã. A Lei é o aio para conduzir os homens para oEvangelho, mas a Lei não é o Evangelho (Gálatas 3:24). A Lei é a morte dopecador, porque ela exige a perfeição, mas o Evangelho é vida, porque Cristo éa nossa perfeição. Para a essência da vida cristã vitoriosa, devemos olhar paraas epístolas do Novo Testamento, e quando o fazemos nunca vemos uma declaraçãode Hedonismo Cristão, como uma chave importante.
Há também muitos motivos certos para o serviço doSenhor, e não apenas o que Piper desenvolve, que é a alegria em Deus. Este é defato um grade e elevado motivo, mas se isso fosse a essência e a soma daprópria vida cristã, o Novo Testamento não falaria de tantos outros motivoscorretos. Piper diz que não deve ser por causa de "obrigação por amor àobrigação, nem direito por amor ao direito" (Desiring God), mas ele estáerrado. É legítimo diante de Deus servi-Lo, por vezes, apenas por umaquestão de dever e direito. Às vezes isso é tudo que nos resta, enquantovivemos neste mundo de pecado mergulhado em um "corpo de morte", eisso não é um motivo ilegítimo.
Às vezes eu tenho o meu devocional diário comDeus e Sua Palavra fora de um sentido de grande paixão por Cristo; às vezes eusó faço isso porque eu sei que é necessário para a vitória espiritual eproteção contra o diabo; às vezes eu faço porque eu sei que deveria fazer.Nenhum destes são motivos errados.
Por exemplo, em 2 Coríntios 8-9, Paulo exorta oscrentes a contribuir para uma oferta para os santos necessitados que estavampassando fome. Se Piper estava certo e se a busca da alegria em Deus era aprópria essência da motivação cristã, Paulo poderia indicar isso, mas ele não ofez. Em vez disso, ele oferece vários motivos diferentes que agradam a Deus. Aodar, estamos a dar-nos ao Senhor (2 Coríntios 8:5). Estamos a servir àsnecessidades dos santos (2 Coríntios. 8:4). Estamos a trabalhar para a graça deDeus (2 Coríntios. 8:7). Estamos a provar a sinceridade do nosso amor (2Coríntios 8:8, 24). Estamos seguir o exemplo de Cristo (2 Coríntios 8:9).Devemos buscar uma igualdade (2 Coríntios. 8:13-15). Estamos a encorajar oscorações de líderes cristãos (2 Coríntios 8:24;. 9:3-4). Estamos a semear naexpectativa de uma recompensa (2 Coríntios. 9:6-10).
Piper mostra uma presunção assustadora em suaexegese.
Considerar a sua afirmação: "o principalpropósito de Deus é glorificar a Deus e ter prazer em Si mesmo parasempre".
Piper está afirmando que Deus é um hedonista porseu próprio direito! Sua primeira prova para isso é o Salmo 115:3. "Mas o nosso Deus está nos céus; fez tudo o que lhe agradou".
Piper diz: "A implicação desse texto é queDeus tem o direito e o poder de fazer tudo que o deixa feliz".
Mas o versículo não diz nada sobre a felicidadede Deus. Piper enfia nesse verso a sua doutrina preconcebida. Isso é presunção.
Piper então diz:
"Pense um pouco nisso: se Deus é soberano epode fazer tudo o que lhe apraz, então nenhum dos seus propósitos pode serfrustrado... E se nenhum dos seus objetivos pode ser frustrado, ele deve ser omais feliz de todos os seres".
Eu não tenho dúvida de que Deus é um ser feliz,mas isso não é nem aqui nem lá. As passagens que Piper cita como evidência parao sua doutrina de que "Deus é um hedonista" não provam tal coisa.
Então ele diz:
"A base da felicidade de Deus, por sua vez,é a sua soberania... Já que tanta coisa depende da soberania de Deus, devemosnos certificar de que a base bíblica dela é sólida".
Ele passa então a demonstrar a partir daEscritura que Deus é soberano, mas ao fazê-lo não prova nada sobre a suadoutrina do hedonismo. Esta é uma tática para fisgar através de uma isca.
Em nenhum lugar nas Escrituras somos ensinadosque "o principal propósito de Deus é glorificar a Deus
e ter prazer em Si mesmo para sempre". Podeser verdade, pode não ser verdade, mas não podemos fazer disso uma doutrina,porque ela não tem o suporte da divina revelação contida nas Escrituras, e ouso de Piper das Escrituras prova que isso é terrivelmente presunçoso.
Assim, o erro fundamental do hedonismo cristão ésimplesmente que ele não está solidamente estabelecido sobre o fundamento daBíblia e este é certamente o suficiente para rejeitá-lo.
Para aqueles que querem estabelecer a sua vidacristã sobre uma base sólida de verdade eu recomendo as epístolas apostólicas;eu não recomendo os livros de John Piper.
Para provar o hedonismo cristão, Piper citaJonathan Edwards, a Confissão de Westminster e o Catecismo de Heidelberg.
Ele ainda afirma que "todo o catecismo deHeidelberg está estruturado da mesma maneira que o hedonismo cristão".
Ele faz justaposição de suas declaraçõescom as citações de Jonathan Edwards, mas ele toma Edwards fora do contexto desua pregação em geral, assim como ele faz com a Bíblia.
De fato, os puritanos teriam fortementerepreendido a ele e sua tolerância ao rock cristão, ao movimentocarismático/pentecostal, a associações com emergentes. O fato de Pipercolocar-se na linhagem dos antigos protestantes não é só errado, é ridículo;sua abordagem suave, hedonista, é definitivamente um novo tipo de protestantismo.
"Às vezes em seus livros odoutor Piper quer que a gente veja isso como uma idéia antiga, mas suasreivindicações não são convincentes. Isso não tende olhar mais para o passadodo que para C. S. Lewis. ... Doutor Piper frequentemente cita Jonathan Edwards,que disse muito sobre deleitar-se em Deus e alegria cristã. Por referência aJonathan Edwards, o doutor Piper efetivamente diz: "veja, isso é tão velhoquanto as montanhas”. Esta é a forma como os nossos antepassados pensavam.Certamente Jonathan Edwards oferece passagens a escolher sobre deleitar-se emDeus como fizeram os escritores puritanos ingleses, MAS EM NENHUM MOMENTO ELEFORMA UM SISTEMA NO QUAL ISTO SE TORNA O PRINCÍPIO CHAVE DA VIDA CRISTÃ.ALEGRIA EM DEUS SEMPRE SE ESTABELECE AO LADO DE OUTROS DEVERES IGUAIS. Embora odoutor Piper procure a raiz de seu sistema no passado, ele parece, ao mesmotempo bem consciente de que é uma idéia nova. Muitas vezes, ele admite-ousando a linguagem da inovação, e dizendo, em tantas palavras, que é explosiva;o que é impressionante; isto é radical; é perigoso. Ele até mesmo usa o termo"minha visão", e é isso o que é, por mais bem intencionado, é avisão pessoal do doutor Piper. Ele também chama de "minha teologia".Doutor Piper chama seu livro de uma obra destruidora de paradigmas"(PeterMasters, "Christian Hedonism - Is It Right?" Sword &Trowel, 2002, No. 3).
Peter Masters, que ocupa o atual pastorado doantigo calvinista Charles Spurgeon e que está no lugar dos antigosprotestantes, reprova Piper e seu hedonismo cristão.
Existe uma profundidade infinita na Escritura,porque é a eterna Palavra de Deus, mas há também uma simplicidade prática naverdade Bíblica, porque está ajustada ao fracos e pobres deste mundo presente,de quem Deus escolheu para enriquecer na fé (Mateus 11:25; 1 Coríntios 1:26-27;James 2:5).
O apóstolo Paulo advertiu que é o diabo quecorrompe a simplicidade que há em Cristo (2 Co 11:3).
Piper admite que sua doutrina não é simples.
"Eu Sei que isso é desconcertante, àprimeira vista, por isso vou tentar desmontá-lo peça por peça, para então,colocá-lo novamente".
"...novas maneiras de olhar o mundo ... nãose prestam a definições simples. Um livro inteiro é necessário para que aspessoas possam começar a entender".
"Isso é algo engenhoso".
Condidere a seguinte declaração, que é muitotípica:
"Em outras palavras, sim, amor é mais do quesentimentos; mas falta de amor não é menos sentimentos".
O que isso significa, exatamente? Quem sabe? Émuito complicado, muito obtuso, facilmente mal compreendido. Piper até mesmoadmite, "Isto é suscetível de ser mal interpretado". De fato, é, eisso é porque não é a simplicidade da sã verdade bíblica.
Depois de ter estudado (não meramente lido) doisdos maiores livros sobre cristianismo hedonista e ainda tendo dificuldade emcolocar sua teologia em termos simples, eu tenho a suspeita que ele diria queeu não fiz direito.
Digo, porém, que, se uma teologia é tãocomplicada que não possa ser compreendida corretamente por um pregadorrazoavelmente inteligente, mesmo depois de horas de estudo, então não ébíblica.
Eu tenho pregado o evangelho e discipuladocrentes na vida cristã por quase quarenta anos, e as doutrinas da salvação esantificação que eu tiro da Palavra de Deus podem ser ensinadas a caipiras nascolinas do Tennessee, onde comecei minha carreira de pregador e aos membros dasnossas igrejas no Nepal, muitos dos quais são iletrados.
Piper está, ao que tudo indica, se envolvendo coma psicoheresia, que é a infiltração dos princípios da psicologia humanista nasigrejas através do movimento de aconselhamento cristão.
Por exemplo, ele considera o pecado como uma"doença":
"Os países ricos praticamente inventaram umtipo completamente novo de doenças: obesidade, arteriosclerose, problemascardíacos, derrame, câncer do pulmão, doenças venéreas, cirrose hepática, vícioem drogas, alcoolismo, divórcio, crianças em risco, suicídio, assassinato"(Desiring God).
Vício em drogas, alcoolismo, abuso de crianças,divórcio, suicídio e assassinato não são doenças!
A influência da psicoheresia também é evidente nasua exortação de que o marido deve se submeter "aos profundos desejos enecessidades de sua esposa" (Desiring God). O marido deve amar sua esposa,mas submeter-se a seus desejos profundos é uma receita para a frustração econfusão.
Considerando a medida em que a psicoheresia tempermeado o evangelicalismo e a rejeição de Piper ao "separatismo",não tenho dúvida de que este tema será evidente em seus outros escritos.
Piper menciona o místico católico Bernardo deClairvaux e o místico pentecostal Graham Kendrick e diz que esses místicos são"as pessoas mais apaixonadas por Deus no mundo” (Desiring God).
Esta é uma recomendação poderosa e profundamenteequivocada de misticismo.
Enquanto Piper dá um som incerto na questão daoração contemplativa (insinuando, por exemplo, em um blog datado de22 de maio de 2010, que o misticismo católico romano pode estarerrado), o fato é que ele recomenda Bernardo de Clairvaux, que foi um santocatólico romano e um raivoso herege. Bernardo foi o autor do livro Homilies in Praise of the Virgin Mother, chamando Maria de a Rainha do Céu, a Estrela, a escada emque os pecadores podem subir até Deus, a estrada real para Deus, o canalatravés do qual a vida divina flui para toda a criação.
"Bernardo desempenhou o papel principal nodesenvolvimento do culto da Virgem, que é uma das mais importantesmanifestações da religiosidade popular do século XII" (NormanCantor, The Civilization of the Middle Ages, 1993, p. 341).
Bernardo foi um feroz opositor dos crentes daBíblia que se recusaram a se submeter ao papa, sendo perseguidos no sul daFrança. Estes cristãos separatistas eram chamados de petrobrussianos eHenricianos, recebendo o nome de dois de seus líderes, Pedro de Bruys eHenrique de Lausanne. Pedro foi capturado, brutalmente encarcerado e queimadoem uma estaca em 1126, durante a vida de Bernard. Henrique de Lausanne foipreso em 1134 e condenado à prisão no mosteiro de Bernardo em Clairvaux.
Piper quer nos fazer crer que "São"Bernardo era uma "pessoa apaixonada por Deus". É mais provável queele fosse possesso por demônios.
Piper também recomenda Graham Kendrick como ummístico "apaixonado por Deus". Kendrick é um roqueiro cristãopentecostal do tipo mais radical e promove a herética teologia e doutrina do"reino agora" e da palavra da fé. Ele é um membro da igreja ChristianFellowship Ichthus onde deu as boas vindas para a chamada bênção de Toronto coma sua embriaguez no espírito, risos histéricos, latidos, urros, cair no chãorolando. Graham afirma que foi "batizado com o Espírito Santo" em1971, depois de participar de uma reunião carismática. Ele diz: "Foi maistarde naquela noite quando eu estava limpando os dentes e me aprontando para irpara a cama que eu fui cheio do Espírito Santo! ... e lembro-me deitado naminha cama, o sorriso fixo ainda no meu rosto, louvando e agradecendo a Deus, ecautelosamente experimentando uma nova linguagem espiritual que se apresentavana minha língua sem considerar todas as objeções levantadas pelo meu cérebroincrédulo! ... Isso foi um divisor de águas real em minha experiência cristã(Nigel Smyth, "What Are We All Singing About?"http://www.freedomministries.org.uk/ccm/nsmyth1.shtml). Esta "novalinguagem espiritual" era o balbuciar sem sentido e em nada parecido comoas línguas da era apostólica.
Um dos objetivos de Kendrick é romper asbarreiras denominacionais e criar uma ampla unidade ecumênica. Ele foi oco-fundador da Marcha para Jesus, que reúne todo o tipo de denominação e seita,incluindo católicos e mórmons. Uma biografia no site de Kendrick orgulhosamentediz: "Cruzando barreiras internacionais e confessionais, suas canções,como a popular ‘Shine Jesus Shine’," foram utilizadas desde eventosem inúmeras pequenas igrejas até grandes festivais - incluindo cruzadasdos Promise Keeper, Billy Graham e em uma missa para quatro milhões de pessoasao ar livre na capital das Filipinas, Manila, onde o Papa 'balançou seu cajadoao ritmo da música".
Poucas coisas são mais espiritualmente perigosashoje do que o misticismo carismático/pentecostal, mas Piper recomenda a seusleitores que deveriam imitar um dos seus principais proponentes como um"apaixonado por Deus".
Mais uma vez, o hedonismo cristão de John Pipernão lhe dá nem mesmo discernimento espiritual básico quando se trata dasheresias dos nossos dias.
Piper tenta responder a perguntas não respondidasclaramente na Bíblia e procura criar uma teologia sistemática com essasrespostas.
Por exemplo, como pode Deus ser soberano e nãoser o autor do pecado? Como Deus pode ser entristecido com o pecado e não serfrustrado com o que os homens fazem?
A tentativa de responder essas coisas é um errofundamental da sua teologia.
Considere algumas das declarações de Piper:
"O que temos visto até agora é que Deus éabsolutamente soberano sobre o mundo e ele pode fazer qualquer coisa que lheagrade, e ele, portanto, não é um Deus frustrado, mas um Deus profundamentefeliz".
Piper vai além do que a Bíblia ensina sobre asoberania de Deus e acrescenta seu próprio pensamento humano, o que éextremamente perigoso.
"Por que contemplar o mosaico da história daredenção alegra o coração de Deus? Será que isso não é idolatria — que Deus temprazer em algo que não ele mesmo?... Portanto, agora temos de perguntar: O quedeixa Deus feliz? Se pudermos descobrir qual é essa coisa que Deus busca emtudo o que faz, saberemos o que mais o alegra... concluo que a glória dopróprio Deus é suprema em suas afeições... Ele tem prazer em sua glória acimade todas as outras coisas... Portanto, o objetivo principal de Deus é preservare manifestar sua grandeza e valor infinitos eterríveis, ou seja, sua glória.Deus tem muitos outros objetivos no que faz. Nenhum deles, porém, é maisimportante que esse. São todos subordinados. A paixão predominante deDeus é exaltar a grandiosidade da sua glória. Ele ama sua glória infinitamente.Deus seria injusto (assim como nós) se valorizasse qualquer coisa além do quetem valor supremo. E é ele que tem valor supremo. Se ele não tivesse prazerinfinito no valor da sua própria gloria, seria injusto... Dentro da Divindadetrina (Pai, Filho e Espírito Santo), Deus tem sido supremo em suas própriasafeições por toda a eternidade... Deus gosta de contemplar sua glória refletidaem suas obras.... As pessoas não gostam de ouvir que Deus é supremo em suaspróprias afeições" (Desiring God).
Este é o raciocínio humano. É presunçoso. Éintromissão em coisas muito altas para o homem e coisas não claramentereveladas nas Escrituras.
Eu aconselharia John Piper e qualquer um queconsidera a sua teologia prestar atenção em Deuteronômio 29:29:
"As coisas encobertas pertencem aoSENHOR nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem a nós e anossos filhos para sempre, paraque cumpramos todas as palavrasdesta lei".
A ênfase de Piper sobre as emoções na adoração éextremamente perigosa e se encaixa como uma luva nas mãos do movimento delouvor contemporâneo e seu misticismo carismático/pentecostal.
"A adoração é autêntica quando surgem afetospor Deus no coração como um fim em Si mesmos" (Piper, Desiring God).
"Adoração é uma maneira de refletiralegremente de volta para Deus o brilho do seu valor. Isso não pode ser feitopor meros atos devidos. Pode ser feito apenas quando afetos espontâneos brotamno coração" ( Piper, Desiring God).
"A atuação do coração na adoração é odespertar de sentimentos, emoções e afetos do coração. Lá onde os sentimentospor Deus estão mortos, a adoração está morta. A adoração genuína precisaincluir sentimentos interiores que refletem o valor da glória deDeus."(Piper, Desiring God).
"Também fica claro por que não é idolatria eegocentrismo dizer que nossas emoções são um fim em Si mesmo. Não é egocêntricoporque as emoções da nossa adoração são centradas em Deus"(Piper, DesiringGod).
Enquanto somos contra o culto espiritual semvida, a ênfase de Piper sobre as emoções é perigosa por causa do engano eegoísmo inerente ao coração humano. É tão fácil pensar que eu estou adorando oDeus verdadeiro quando de fato estou adorando qualquer outra coisa, até mesmo amim.
É especialmente perigosa por causa do poder demanipulação das emoções pela música moderna de adoração, que é projetada paraproduzir as mesmas emoções que Piper encoraja. Ele usa ritmos de dançafortemente sincopados, acordes intrincados, letras repetitivas, subida e quedado nível de som, e outros elementos para manipular as emoções. A verdadeiramúsica sacra não faz isso. Ela fortalece a mensagem da letra, mas nãosobrecarrega as letras. Ela alimenta a mente mais do que as emoções, o coraçãomais do que o corpo.
A ênfase de Piper sobre as emoções é erradaporque a Bíblia ensina que a verdadeira adoração envolve muitos elementos,incluindo a obediência, pois por causa da obediência e seus atos envolvem dor eaté mesmo profunda tristeza.
Considere Abraão caminhando em direção ao MonteMoriá com Isaque. Ele estava determinado a oferecer seu amado filho a Deus emobediência ao mandamento divino, em um dos maiores atos de adoração registradonas Escrituras, mas não há nenhuma evidência de que a viagem foi marcada pelafelicidade.
Considere Jó sentado em um monte de cinzasraspando suas feridas com um pedaço de cerâmica quebrada no mais profundo pesare confusão com a perda de seus filhos e a sua fortuna e posição na vida. QuandoJó ignorou o conselho de sua esposa para amaldiçoar a Deus e ao invés, securvou diante de seu Criador e disse: "o SENHOR o deu, eo SENHOR o tomou: bendito seja o nome do SENHOR", essefoi um dos maiores atos de adoração já registrado . No entanto, há evidênciasclaras de que Jó não estava feliz.
Embora a Bíblia às vezes mencione as emoções comoum aspecto da adoração não há ênfase em emoções como Piperfaz.
A verdadeira adoração cristã não é emoçãointensa, é viver pela fé na Palavra de Deus.
"Por isso estamos sempre debom ânimo, sabendo que, enquanto estamos no corpo, vivemos ausentes do Senhor.(Porque andamos por fé, e não por vista)" (2 Co.5:6-7).
"Porque em esperança fomos salvos. Ora aesperança que se vê não é esperança; porque o que alguém vê como o esperará? Mas,se esperamos o que não vemos, com paciência o esperamos" (Rm.8:24-25).
ORA, a fé é o firme fundamento das coisas quese esperam, e a prova das coisas que se não vêem. (Hb 11:1)
George Muller acertou em cheio quando disse:
"A fé não tem nada a ver com sentimentos oucom impressões, com improbabilidades ou com experiências externas. Se desejamostais coisas com a fé, então já não estamos descansando na Palavra de Deus,porque a fé não precisa de nada desse tipo. A fé descansa na Palavra exposta deDeus. Quando o aceitamos na Sua Palavra, o coração está em paz".
O ex-líder do adoração contemporânea DanLucarini, autor de Why I Left the ContemporaryChristian Music Movement (Por que eu deixei oMovimento de Música Cristã Contemporânea), diz: "Quando tentamos sentiruma experiência de afirmação da adoração, não estamos adorando a Deus; estamosadorando nossos próprios egos. O verdadeiro coração de adorador é o coração quese inclina diante de Deus e se submete à sua Palavra, nada mais, nadamenos".
Com sua ênfase nas emoções, Piper desempenha omesmo papel do movimento carismático/pentecostal e sem dúvida lança confusãonaqueles que querem adorar a Deus de modo aceitável. Lembro-me de mim como umnovo convertido, eu era muito licencioso, tinha um estilo de vida marcado pelovício em drogas, e como eu ainda estava deprimido. Isto confundiu-me porque euestava visitando igrejas pentecostais e estava sendo pressionado a "serfeliz" e adorar a Deus de forma extravagante. Eu tentei, mas era um meroato. Então um dia eu li Tiago 5:13.
"Está alguém entre vós aflito? Ore. Estáalguém contente? Cante louvores".
Eu estava tão incentivado por isso, porque eu vique Deus não exigia que eu fosse feliz se eu não estava feliz! Tiago falavapara os crentes em diferentes condições emocionais em qualquer atividade daigreja, e se um crente está aflito, não é dito a ele para ser feliz.
1. Piper ensina aheresia que a regeneração precede a fé
"... ao ouvirmos o evangelho, de formaalguma responderemos de modo positivo, a não ser que Deus efetue o milagre daregeneração. Temos de experimentar primeiro a obra regeneradora do Espírito Santo.João é quem ensina mais claramente que a regeneração precede e possibilita afé. A fé é a evidência do novo nascimento, não a causa dele. O novo nascimentovem primeiro e possibilita fé e conversão. Antes do novo nascimento estamosmortos, e pessoas mortas não preenchem condições. A regeneração é totalmenteincondicional. Ela é devida unicamente à graça gratuita de Deus" (DesiringGod).
Isto é baseado no raciocínio humano, que é oseguinte: Os homens são mortos em pecados e, portanto, eles não podem acreditare não podem acreditar a menos que sejam regenerados. Por outro lado, enquanto aBíblia ensina que os incrédulos estão mortos em ofensas e pecados (Efésios2:1), ela também diz que esses homens podem acreditar. Emnenhum lugar a Bíblia diz que os homens nascem de novo antes deles acreditarem.Em toda parte do Novo Testamento os homens são ordenados a crer e a salvação édito que segue a fé.
O melhor texto de prova que Piper oferece paraesta doutrina é tirado da liberal New Revised Standard Version em 1João 5:1,que diz: "Todo aquele que crê que Jesus é o Cristo nasceu de Deus"(1Jo 5.1, BJ).
[N.T.: na versão em português de DesiringGod, a escritura utilizada é da Bíblia de Jerusalém].
Mas mesmo se a tradução da NRSV de 1 João 5:1fosse legítima, ela não diz que a regeneração precede a fé. Se alguéminterpreta isso no verso, é contrário aos ensinamentos de muitas passagensclaras das Escrituras, como as seguintes:
"Mas, a todos quantos o receberam,deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seunome" (João 1:12).
"Porque Deus amou o mundo de tal maneiraque deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça,mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para quecondenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele nãoé condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome dounigênito Filho de Deus" (João 3:16-18).
“E, indo elescaminhando, chegaram ao pé de alguma água, e disse o eunuco: Eis aqui água; queimpede que eu seja batizado? E disse Filipe: É lícito, se crês de todo ocoração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho deDeus” (Atos 8:36-37).
"A este dão testemunho todos os profetas,de que todos os que nele crêem receberão o perdão dos pecados pelo seunome" (Atos 10:43).
"E, tirando-os para fora, disse: Senhores,que é necessário que eu faça para me salvar? E eles disseram: Crê no SenhorJesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa" (Atos16:30-31).
Se o Apóstolo Paulo estivesse de acordo com adoutrina de Piper, ele teria respondido à pergunta do carcereiro de Filipos deforma diferente ou ele teria se recusado a responder, já que não haveriaabsolutamente nada que um pecador pudesse fazer para garantir a sua salvação.Ele só podia esperar que ele fosse um dos eleitos e que Deus iria regenerá-lopara que ele então pudesse acreditar.
Considere mais alguns versos que ensinam que a féé "a mão que se estende para receber a salvação" e que a fé não é precedidapela regeneração:
"Porque não me envergonho do evangelho deCristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeirodo judeu, etambém do grego" (Romanos 1:16).
"Mas agora se manifestou sem a lei ajustiça de Deus, tendo o testemunho da lei e dos profetas; Istoé, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os quecrêem; porque não há diferença" (Romanos 3:21-22).
"Mas que diz? A palavra está junto de ti, natua boca e no teu coração; esta é a palavra da fé, que pregamos, Asaber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coraçãocreres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Visto que com ocoração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação.Porque a Escritura diz: Todo aquele que nele crer não será confundido.Porquanto não há diferença entre judeu e grego; porque um mesmo é oSenhor de todos, rico para com todos os que o invocam. Porque todo aquele queinvocar o nome do Senhor será salvo" (Romanos 10:8-13).
"Mas, àquele que não pratica, mas crênaquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça" (Romanos 4:5).
"TENDO sido, pois, justificados pela fé,temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo" (Romanos 5:1).
"Em quem também vós estais, depois queouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo neletambém crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa" (Efésios 1:13).
A idéia de Piper que a fé em si é uma obra não sebaseia nas Escrituras, que diz que a fé é o oposto das obras (Efésios 2:8-9). Afé é a mão que se estende para aceitar o dom que Deus oferece em Cristo.
2. Piperconfunde santificação e a busca de Deus com a conversão
"A busca da alegria em Deus não é opcional.Não é "algo mais" em que a pessoa pode crescer depois de chegar à fé.Enquanto seu coração não tiver atingido essa busca, sua "fé" não podeagradar a Deus. Não é fé que salva. Fé salvadora é a confiança deque, se você vender tudo o que tem e esquecer todos os prazeres pecaminosos, otesouro oculto da alegria santa satisfará seus desejos mais profundos. A fésalvadora é a convicção sentida pelo coração de que Cristo não ésomente confiável, mas também desejável" (Desiring God).
Piper cita Mateus 13:44 como suporte para suavisão de salvação:
"Também o reino dos céus é semelhante a umtesouro escondido num campo, que um homem achou e escondeu; e, pelo gozodele, vai, vende tudo quanto tem, e compra aquele campo".
Piper diz: "Essa parábola descreve comoalguém se converte e é levado para dentro do reino dos céus. A pessoa descobreum tesouro e é impelida pela alegria a vender tudo o que tem para adquirir essetesouro".
Eu percebo que muitos comentaristas veem istocomo uma parábola sobre a salvação, mas não faz sentido. Se a parábolarefere-se ao pecador e a salvação, então ele está dizendo que a salvação éalcançada por obras, o que não pode ser, e também seria dizer que a salvaçãoestá escondida, mas não é. Ela está sendo proclamada abertamente a todas as nações.Não, as palavras são claras. A parábola não está falando sobre o Evangelho;está falando sobre o Reino, que é uma coisa completamente diferente. Cristo éaquele que já vendeu tudo para o estabelecimento do Reino. Isso fica claro apartir da parábola das pérolas, que segue em Mateus 13:45-46.
Tornar uma parábola obscura e uma peça central deteologia sobre a salvação, que é exatamente o que faz em Piper em Desiring God noscapítulos 2 e 3, é outro exemplo de seu uso indevido das Escrituras.
Longe de proteger Piper do mal, o hedonismocristão levou-o para os braços do movimento ecumênico, o movimentocarismático/pentecostal e da igreja emergente.
Em vez de reprovar Billy e Franklin Graham e seuevangelismo ecumênico, ele os elogia e participa de fóruns com eles.
Por exemplo, ele foi orador em 2004 naconferência da NRB (National Religious Broadcasters) em Charlotte, Carolina doNorte, unindo-se nesse fórum com Franklin Graham, James Dobson, Ted Haggard, ePat Robertson, todos possuindo uma relação muito estreita com a Igreja CatólicaRomana. Graham segue os passos de seu pai em enviar convertidos de volta para aIgreja Católica. Dobson tem aparecido na capa de revistas católicas e paranosso conhecimento nunca avisou seus muitos ouvintes católicos a sair de Roma.Robertson escreveu o prefácio do livro ecumênico A House United? Evangelicals and Catholics Together: A WinningAlliance for the 21st Century (NavPress,1994). Ele elogiou o católico romano Keith Fournier porsua "profunda dedicação para ajudar a curar a divisão" que"separa o Corpo de Cristo". Três anos antes, Robertson convidouFournier para ser o diretor executivo do Centro Americano de Direito e Justiçana Universidade Regent. Haggard, que era então o pastor sênior da Igreja NewLife em Colorado Springs e presidente da Associação Nacional dos Evangélicos,disse em outubro de 2005: "A New Life não tentará converter oscatólicos" e "a igreja nunca iria desencorajar seus membros de setornarem católicos ou a assistir a missa católica"(The Berean Call, Jan. 2006) Trêsorganizações católicas romanas participaram da conferência da NRB em 2004. AGlobal Catholic Network publicou um anúncio no jornal da NRB a cada dia ealugou espaço para exposições. A Priests for Life distribuiu pacotes de seumaterial; e a Catholic Answers, que promove os dogmas católicos, tambémparticipou.
Doutor Ralph Colas, que escreveu um relatóriocomo testemunha ocular desse encontro, assim o concluiu:
"Este ano, alguns oradores, como John Piper,tinham mais conteúdo biblico do que é normalmente apresentado nos congressos daNRB. No entanto, nenhum identificou os apóstatas, o catolicismo romano, bemcomo aqueles que abraçam revelações extra-bíblica e sonhos, como sendo umaameaça para o povo de Deus. Como é tão frequentemente a essas novas reuniõesevangélicas, não é necessariamente o que eles dizem - mas o que eles nãoconseguem dizer que cria a confusão e compromete ainda mais. A NRB continua aser uma mistura de crentes e descrentes, e seu amplo inclusivismo revelaque se encaixa exatamente no centro do novo campo evangélico".
Piper ainda suporta o herético fenômenocarismático de cair no espírito. Ele levou sua equipe a uma reunião no estilo"benção de Toronto" e admitiu que "vários de minha equipecaíram" ("John Piper: Hedonist Theologian?" Faith andFreedom magazine, Dec. 2006).
Piper disse: "Eu simplesmente sei de muitaspessoas que tem sido profundamente ajudadas em suas vidas para o bem por cairao chão por 45 minutos em uma espécie de riso ou paz" (tape of Questionand Answer Session at conference in Minneapolis, Jan. 31, 1996).
Piper também convidou um pastor da IgrejaVineyard para ministrar em uma sessão de treinamento de liderança e "elesimplesmente jogou todos fora de seus assentos".
Talvez a evidência mais clara da cegueiraespiritual de Piper é a sua posição não crítica e estreita relação com RickWarren, que é um caso de estudo na igreja emergente. Em abril de 2011, Piperrealizou uma conferência na Saddleback Church, de Warren. Piper também tambémse juntou com Warren na pauta de pregação na Conferência anual de pastores daconvenção batista do sul, em junho de 2011.
Warren prega a herética filosofia do "nãojulgar"; transforma a igreja em um completo centro de entretenimento rock& roll com movimentos pélvicos; diz que Deus não vai perguntar sobre a suaopinião doutrinária; cita continuamente e com aprovação hereges em seusescritos e pregações (como a católica romana universalista Madre Teresa, HenriNouwen e Thomas Merton); promove misticismo católico contemplativo; comparafundamentalistas cristãos a terroristas islâmicos; apela à unidade entrebatistas, católicos romanos, pentecostais, anglicanos, etc; promove a excessivamenteliberal Aliança Batista Mundial; se junta com os praticantes da Nova Era; dizque crentes devem trabalhar com os incrédulos e os religiosos pagãos paraconstruir o reino de Deus, e apresentou o católico romano Tony Blair coma medalha internacional da paz (Março 2011). Para ver a documentaçãohttp://www.wayoflife.org/database/warrenheader.html
Qual é a atração de John Piper para osfundamentalistas e os batistas independentes?
Intelectualismo
Piper tem profundidade, ele é um estudante, umpensador. Seus leitores encontram-se intelectualmente satisfeitos. A eles sãodados algo de substância para se pensar. À luz da superficialidade que tende acaracterizar grande parte do movimento Batista Independente, não é de estranharque muitos sejam atraídos pelo intelectualismo de Piper.
Exaltação de Deus
Em vez de uma teologia centrada no homem, ateologia de Piper é centrada em Deus. Isto é por que sua linha de pensamentovem pelo lado correto sobre a questão do inferno. Ele entende a santidade e ajustiça de Deus (Desiring God).
Liberalismo cultural
Uma razão pela qual Piper se associaconfortavelmente com homens como Mark Driscoll e Rick Warren é que ele divideem algum grau sua crença em "liberalismo cultural". Ele acredita naliberdade de se envolver com a cultura pop e parece alertar mais contra"julgamentalismo "e "legalismo" do que contra o mundanismo.Sua igreja é um centro de rock & roll. Este princípio frouxo é atraentepara os amantes do mundo. Tanto quanto sabemos ele não reprova Warren por suasfestas dançantes de verão e nove locais de adoração movidos a rock & roll(incluindo danças em linha country e havaiana) e por cantar a música de JimiHendrick "Purple Haze" (com alusões ao uso de drogas) em umaatividade da igreja, e ele não reprova Driscoll por sua festas de ano novoregadas a champagne e concursos de dança.
Abordagem suave, mais tolerante
Outra coisa que sem dúvida atrai algunsfundamentalistas e Batistas Independentes para Piper é a sua postura, suave,mais tolerante em geral. Isso se reflete na grande variedade de pessoas que elecita com aprovação. Ela é refletida em suas associações, no seu modo de vidacristã. Mesmo suas advertências são tipicamente formuladas de modo suave. Ele definitivamente não éum separatista. Suas advertências sobre o perigo do mundo são emitidos emgeneralidades, em vez de detalhes, eles são emitidos mais como sugestões do quemandamentos.
A hora exige uma forte ênfase na separação, tantoeclesiástica quanto do mundo, mas John Piper é extremamente silencioso em ambasas frentes.
Por causa de suas descuidadas associações, JohnPiper pode levar você para qualquer lugar. Ele pode levar você a Rick Warren eMark Driscoll, e de lá você pode ir em qualquer direção nas águas traiçoeirasdo evangelicalismo moderno. Você pode encontrar o misticismo contemplativocatólico, filosofia Nova Era, como de Leonard Sweet, culto a divindadefeminina, como a promovida em A Cabana, rebaixar o conceito bíblico do inferno,da inspiração bíblica, a negação do sangue expiatório de Cristo, o evangelho doreino agora, a evolução teísta, a auto-estima, e muitas outras coisas.
John Piper e sua renúncia ao"separatismo" é uma ponte para essas águas traiçoeiras.
Leia também:
A Contraditória Posição de John Pipersobre a Oração Contemplativa
Traduzido por Edimilson de Deus Teixeira
Fonte: Way of Life
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