A paz que excede todo entendimento é a paz de Deus. Essa paz não possui origem humana, ou seja, ela não é qualquer tipo de paz superficial e passageira, mas é um dom divino que guarda os corações e os pensamentos dos redimidos em Cristo Jesus.
Muitos textos bíblicos tratam sobre a paz divina, mas o versículo em questão, onde se lê literalmente essa frase, está registrado em Filipenses 4:7, onde o apóstolo Paulo escreve: “E a paz de Deus, que excede todo entendimento, guardará os vossos corações e os vossos pensamentos em Cristo Jesus”.
Para entendermos corretamente o que o apóstolo quis dizer com “a paz de Deus que excede todo entendimento”, precisamos considerar alguns pontos principais do contexto em que essa frase aparece.
No capítulo 4 da Epístola aos Filipenses, entre os versículos 1 e 9, Paulo exorta os cristãos a permanecerem firmes no Evangelho, regozijando-se no Senhor, sendo generosos e longânimes, de modo que a amabilidade deles seja conhecida por todos (Fp 4:1-5).
O apóstolo também fala sobre o problema da ansiedade, e aconselha os irmãos a não andarem ansiosos, mas ao invés de estarem preocupados, que apresentassem seus pedidos com orações, suplicas e ação de graças a Deus, o único capaz de conceder a verdadeira paz que excede todo entendimento e que guarda os corações e as mentes em Cristo Jesus, e esse é o segredo para a verdadeira bem-aventurança (Fp 4:5-7).
O apóstolo termina essa seção do capítulo 4 admoestando sobre o dever cristão, isto é, falando sobre em que os redimidos devem pensar e o que estes devem praticar. Ele ainda aponta para o fato de que quando aquilo que é excelente ou digno de louvor domina nossos pensamentos e é posto em prática, a recompensa não pode ser outra se não a presença do “Deus da paz” (Fp 4:8,9).
Agora que entendemos um pouco melhor o contexto desse versículo, podemos meditar sobre o significado da paz que excede todo entendimento.
A paz de que fala o apóstolo é um dos atributos de Deus, sua origem está em Deus e Ele a possui em seu próprio ser. Por ser um de seus atributos comunicáveis, Ele a compartilha com seus filhos, não porque estes a merecem por si mesmos, antes, Ele a concede como uma dádiva, um dom, um presente por causa da obra redentora de Cristo, ou seja, se hoje temos a paz de Deus é porque Cristo a mereceu em nosso lugar nos reconciliando com Ele (Jo 14:27; 16:33; 20:19,21,26).
Não é por acaso que praticamente em todas as cartas do apóstolo Paulo ele sempre apresenta essa paz intimamente conectada a graça, na expressão “graça e paz”. Isso significa que a graça é o fundamento dessa paz, isto é, sem a graça não há como se ter a paz.
Essa paz é também uma característica marcante na vida de todo cristão genuíno, visto que ela é uma das virtudes do fruto do Espírito Santo (Gl 5:22).
Vimos que a verdadeira paz é um dom divino que reflete o próprio amor de Deus. William Hendriksen, em seu comentário do Novo Testamento, define perfeitamente essa paz como sendo o sorriso de Deus refletido na alma do cristão; a bonança depois da tempestade do Calvário; a firme convicção de que o Deus que não poupou nem mesmo o próprio Filho, antes o entregou por nós, certamente também, livremente, nos dará com Ele todas as coisas (Rm 8:32).
Com relação à expressão “excede todo entendimento”, alguns a tem interpretado como se seu significado fosse o de que a paz divina faz por nós muito mais do que os nossos planos e projetos um dia jamais poderão fazer, ou seja, nesse sentido, então a paz divina supera o nosso entendimento.
É claro que existe um ponto de verdade nisso, porém essa não é a interpretação correta dessa expressão. Quando o apóstolo escreve “a paz que excede todo entendimento”, ele está dizendo o que a paz de Deus é insondável.
Assim como o amor de Cristo excede todo o entendimento, de forma que é impossível ao homem, por natureza, compreender sua largura, comprimento, altura e profundidade, a paz de Deus também o é (Ef 3:18,19).
Imediatamente após escrever sobre tão maravilhosa paz, o apóstolo declara que tal paz que excede todo entendimento é a mesma responsável por guardar os sentimentos e os pensamentos dos redimidos em Cristo Jesus.
O termo grego utilizado por Paulo traduzido como “guardará” é phroureo, e trata-se de um termo militar para indicar a guarda de sentinelas que protegem uma cidade de uma invasão inimiga ou mesmo para impedir a fuga dos habitantes de uma cidade sitiada. Em ambos os casos o sentido é “manter preservado”.
Com isso ele estava dizendo que a paz de Deus que excede todo entendimento, por mais que seja insondável a nós, ela monta guarda à porta de nossos corações e mentes. Ela impede que as aflições e angustias abalem nossos sentimentos tomando nossos corações, bem como que os pensamentos indignos e a perigosa ansiedade a qual ele mencionou nos versículos anteriores dominem nossa mente.
No entanto, a paz que excede todo entendimento não nos protege apenas das ameaças externas, mas também dos conflitos internos. É por isso que o apóstolo termina com a expressão “em Cristo Jesus”, ou seja, essa paz nos livra de nós mesmos, impedindo que, devido a nossa velha natureza, porventura fujamos da fortaleza que é Cristo. Nesse aspecto, nosso velho homem deve estar acorrentado dentro de um coração sitiado pela paz de Deus.
Essa verdade nos faz lembrar-se do que escreveu o profeta Isaías, ao dizer que o Senhor “conservará em perfeita paz aquele cujo coração é firme” (Is 26:3). Esse coração firme que confia no Senhor, não deve ser entendido como um mérito humano, mas como uma ação do próprio Deus que, conforme profetizou o profeta Jeremias, põe seu temor em nossos corações para que nunca nos apartemos dele (Jr 32:40).
A paz que excede todo entendimento não é a ausência de problemas, aflições e dificuldades, mas é a garantia de que Deus está no controle de todas as coisas, e que por mais que tudo pareça difícil, podemos descansar na promessa de que no dia vindouro, em breve, o Deus da paz esmagará Satanás debaixo dos nossos pés (Rm 16:20).
He is a cross pendant.
He is engraved with a unique Number.
He will mail it out from Jerusalem.
He will be sent to your Side.
Emmanuel
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