Bênção apostólica é uma bênção trinitariana que muitos pastores pronunciam no final dos cultos. Essa bênção é chamada de “apostólica” porque foi escrita pelo apóstolo Paulo na conclusão de sua segunda Epístola aos Coríntios.
Essa bênção é a mais completa de todo o Novo Testamento, pois é a única que traz em sua fórmula a menção ao Pai, Filho e Espírito Santo. Por isso também é chamada de “bênção trinitariana”.
A bênção apostólica está registrada em 2 Coríntios 13:13. Com base nesse texto, a bênção apostólica consiste na seguinte frase: “A graça de nosso Senhor Jesus Cristo e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo estejam com todos vocês”.
Na verdade o próprio Paulo usualmente concluía suas epístolas registrando uma bênção final. No entanto, todas elas apresentam uma fórmula mais simplificada em comparação à bênção registrada em 2 Coríntios.
Nas outras epístolas, basicamente sua bênção final segue o seguinte padrão: “A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos vós” (Romanos 16:20,24; 1 Coríntios 16:23; Gálatas 6:18; Filipenses 4:23; 1 Tessalonicenses 5:28; 2 Tessalonicenses 3:18; cf. Filemom 1:25).
Em outras epístolas, ele apenas mencionou a frase: “A graça seja convosco” (Colossenses 4:18; Tito 3:15; cf. 1 Timóteo 6:21; 2 Timóteo 4:22). A bênção final registrada na Epístola aos Efésios também apresenta alguns detalhes diferentes em relação a essas outras, onde Paulo escreveu: “Paz seja com os irmãos, e amor com fé da parte de Deus Pai e da do Senhor Jesus Cristo. A graça seja com todos os que amam a nosso Senhor Jesus Cristo em sinceridade” (Efésios 6:23,24).
A bênção apostólica escrita por Paulo basicamente significa a expressão do desejo eficaz de que o Deus Triuno abençoe os redimidos capacitando-os com as virtudes do amor, graça e comunhão. Por “desejo eficaz” deve-se entender que essa bênção não é um mero desejo, como se fosse algo que pode ou não vir a acontecer, mas uma promessa que se torna real na vida daqueles que verdadeiramente creem em Cristo. É certo dizer que essa bênção de forma direta e objetiva expressa os pontos principais da mensagem do Evangelho.
Também é interessante notar que a sequência na qual o apóstolo mencionou a Trindade difere da forma usual como ela geralmente aparece no Novo Testamento, onde o Pai é mencionado primeiro, depois o Filho e, depois, o Espírito (Mt 28:19).
Existem outras ocorrências onde isso acontece, como por exemplo, na saudação do apóstolo Pedro na introdução de sua primeira epístola, onde ele mencionou a Trindade na sequência de Deus o Pai, Espírito Santo e Jesus Cristo (1Pe 1:2).
O fato de o apóstolo Paulo ter mencionado uma sequência diferente em sua bênção, provavelmente significa que ele estava buscando enfatizar a Pessoa de Cristo e a experiência da salvação no contexto de sua carta, já que durante toda a epístola ele repete várias vezes a expressão “nosso Senhor Jesus Cristo” (2Co 1:2,3; 8:9; 11:31; 13:13). A seguir, vamos entender cada parte da bênção apostólica.
Na primeira frase da bênção, o apóstolo destaca a graça do Senhor Jesus. Calvino, em seu comentário de 2 Coríntios, concluiu muito bem dizendo que o conceito de graça nessa bênção significa o benefício completo da redenção.
Essa graça de Cristo foi derramada sobre os redimidos por meio de sua vida, morte e ressurreição, de modo que os santos agora estão vestidos de justiça pelos méritos de Cristo. Isso significa que não há nada em nós que nos credencie a salvação, mas que somos salvos pela graça de Cristo, o qual ocupou o nosso lugar e sofreu o castigo que merecíamos.
A graça de nosso Senhor Jesus Cristo revela o amor de Deus, ou seja, é por meio desse amor que os redimidos têm acesso a essa graça tão maravilhosa. O próprio Jesus explicou muito claramente essa verdade fundamental quando conversou com o fariseu Nicodemos, dizendo que por amar o mundo de tal maneira, Deus entregou seu Filho unigênito (Jo 3:16).
Isso nos mostra que o amor de Deus por seu povo não se iniciou na cruz com a morte de seu Filho, mas que foi esse amor que levou seu filho à Cruz. Mais uma vez entendemos que a causa de nossa salvação não está em nós, mas totalmente em Deus.
A graça de nosso Senhor Jesus revela o amor de Deus por nós resultando na comunhão do Espírito Santo pela qual podemos experimentar essa bênção tão sublime. O Espírito Santo habita no coração do salvo, fazendo dele seu templo (1Co 6:19), de modo que somente Ele é quem pode convencer o homem do pecado, regenerá-lo e capacitá-lo a viver uma vida que agrada a Deus.
Essa nova vida é marcada pela santificação, e expõe os resultados visíveis das virtudes do fruto gerado pelo próprio Espírito.
Não, o uso da bênção apostólica no culto não é obrigatório. Não existe uma ordenança bíblica de que o final de cada culto deve ser acompanhado da bênção apostólica. Certamente a maioria das comunidades cristãs possui esse costume em seus cultos, porém existem muitas outras que não adotam essa prática.
Também é verdade que em alguns casos os pastores utilizam outros textos bíblicos na conclusão dos cultos, como por exemplo, a própria bênção escrita pelo apóstolo Paulo em sua fórmula mais simplificada presentes em outras epístolas, ou mesmo outras passagens bíblicas como Efésios 3:20,21; Hebreus 13:20,21 e Judas 24,25.
Outros também utilizam a bênção Araônica, também chamada de “bênção sacerdotal”, registrada em Números 6:24-26. Na verdade, historicamente, o uso da bênção Araônica no culto cristão é ainda mais antigo do que a própria bênção apostólica de 2 Coríntios.
Não é possível saber com exatidão se os cultos da Igreja Primitiva terminavam com alguma forma de bênção, nem mesmo se os próprios apóstolos terminavam os cultos com a bênção apostólica, mas na época da Reforma esse costume foi evidente, com Martinho Lutero sendo um de seus maiores defensores.
Essa é uma pergunta que já levantou muitos debates, principalmente com relação à dúvida se presbíteros e diáconos podem pronunciar a bênção apostólica. O que podemos dizer é que atualmente a resposta vai variar de acordo com a denominação.
Algumas delas procuram enfatizar o sacerdócio de todos os crentes (1Pe 2:9) e defendem que qualquer pessoa está apta a pronunciar a bênção sobre a congregação, enquanto outras entendem que apenas os pastores é quem devem concluir o culto com a bênção apostólica, pois apesar de todos os crentes exercerem o sacerdócio real, são eles quem possuem a responsabilidade hierárquica como ministros do Evangelho (cf. 1Co 9:13-14). Logo, naturalmente faz sentido que sejam eles, como ministros da Palavra e dos sacramentos, os encarregados de também pronunciar a bênção.
Seja como for, o importante é que fique bem claro que não é o grau hierárquico que confere legitimidade a bênção ou aumenta seu valor, mas a ênfase deve estar no valor subjetivo e espiritual da bênção, e que os cristãos a recebem pela fé. Esse é o tradicional posicionamento protestante.
Dessa forma, também se subentende que quando um pastor pronuncia a bênção apostólica isso não significa que ele o faz por possuir exatamente a mesma autoridade exercida pelos doze apóstolos e Paulo, ou mesmo por ser um tipo de detentor da bênção a qual ele controla de uma forma mística, como se ele próprio fosse o originador dela, e tivesse o poder de fornecer uma espécie de cobertura espiritual.
Na verdade não há nada de mágico nisso, pois como foi dito, a bênção é derramada eficazmente somente sobre aqueles que, pela graça, estão dispostos a recebê-la através da fé. Nesse aspecto, aquele que a pronuncia não apenas expressa um desejo, mas a levam consigo (cf. Lc 10:5,6).
Mais uma vez vale ressaltar que a bênção apostólica não deve ser entendida como uma combinação de palavras mágicas, ao contrário, o significado da bênção trinitariana escrita pelo apóstolo Paulo é muito mais profundo do que qualquer interpretação supersticiosa, já que, como vimos, ela sintetiza a mensagem do Evangelho, a saber, a graça divina, o amor divino e a comunhão divina que os redimidos desfrutam pela fé em Jesus Cristo.
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