O significado da barba na Bíblia geralmente transmite o sentido de maturidade e autoridade. Mas por ser mencionada em várias referências dentro da narrativa bíblica, a barba também pode comunicar diferentes significados a depender do contexto em que é mencionada. A falta da barba, por exemplo, podia indicar contrição ou sofrimento.
Na época bíblica, a barba era vista como um símbolo de importância e distinção em muitas culturas. Para os povos semitas do Antigo Oriente Próximo, a barba representava maturidade, masculinidade e expressava status ou posição social elevada. Para se ter uma ideia, em algumas línguas, palavras que indicavam um homem adulto estavam diretamente ligadas ao conceito da barba. Por exemplo: na expressão hebraica “os anciãos dos filhos de Israel” presente em várias passagens bíblicas, a palavra “anciãos” indica homens maduros com barbas (cf. Êxodo 4:29).
Monumentos antigos mostram muitos tipos de figuras barbadas, e certos estilos são característicos de povos e culturas específicas. No Egito Antigo, por exemplo, a barba era vista como símbolo de autoridade e posição social elevada. Em outras palavras, a barba não era usada por todos os homens egípcios, mas o seu uso normalmente variava de acordo com a classe social e a ocupação.
Por isso, muitos dos Faraós egípcios eram retratados com barbas bem cuidadas em esculturas e pinturas, indicando, também, a posição de líderes da nação. Além disso, até mesmo algumas mulheres da realeza egípcia também eram retratadas com barbas postiças em ocasiões públicas, distinguindo-as de outras mulheres da época.
Por outro lado, os trabalhadores comuns geralmente não ostentavam barbas. Dependendo da época e da região do Egito, os escravos estrangeiros, quando eram recrutados para o serviço na corte, também tinham de raspar o cabelo e a barba. Talvez tenha sido por isso que José precisou se barbear para se apresentar diante de Faraó (Gênesis 41:14).
Entre os assírios, a barba era muito apreciada, e era costume dos homens deixar que suas barbas crescessem o quanto pudessem. Os babilônios também enxergavam a barba como algo importante que podia, inclusive, ser objeto de juramento. Alguns estudiosos dizem que os sacerdotes babilônios tinham barbas longas e bem cuidadas como símbolo de sua autoridade e posição especial.
Os gregos e os romanos adotaram o uso da barba de diferentes formas ao longo do tempo. Numa época mais recuada, gregos e romanos também usavam barbas crescidas, mas depois acabaram abandonando esse costume. Após um determinado período, para os romanos usar barba crescida passou a ser sinal de falta de cuidado pessoal.
Na tradição judaica, a barba era vista como a glória do homem e era proibida de ser aparada em suas extremidades pelos israelitas e pelos sacerdotes (Levítico 19:27; 21:5). A maioria dos comentaristas concorda que essa proibição era uma forma de distinção dos israelitas em comparação aos povos pagãos, e uma demonstração de respeito e reverência pelo Senhor. Entre os judeus, a barba também era objeto de juramento (Mateus 5:36).
Portanto, no conceito judaico, a barba era um símbolo de maturidade e autoridade. Por isso, para um homem israelita adulto ter sua barba raspada, podia ser um sinal de humilhação (2 Samuel 10:4,5).
Mas em algumas ocasiões a barba tinha de ser cortada, como por exemplo, na cerimônia de purificação de um leproso (Levítico 14:9). A barba também era arrancada em ocasiões de luto, lamentação ou grande contrição (Isaías 50:6; Jeremias 41:5; Esdras 9:3). Parece que num período de intensa aflição, os homens israelitas negligenciavam o cuidado com suas barbas (cf. 2 Samuel 19:24). Na Bíblia, a figura de ter a barba raspada também foi usada para representar o derramamento do juízo de Deus (Isaías 7:20).
Não há nada na Bíblia que indique que ter barba é pecado ou que deve ser visto como tal. Na verdade, conforme explicado, na maioria das passagens bíblicas a barba é retratada como um sinal de distinção, maturidade e autoridade. Portanto, não faz nenhum sentido qualquer proibição do uso da barba entre os crentes.
No entanto, mais recentemente na história da Igreja em alguns círculos cristãos a barba passou a ser reprovada. As explicações para essa reprovação sempre se basearam em interpretações forçadas de alguns textos bíblicos, ou em argumentos extrabíblicos.
Um dos textos mais utilizados por quem defende a proibição do uso da barba é aquele que registra que José precisou ser barbeado antes de se apresentar a Faraó. Contudo, isso não ocorreu em observação a alguma determinação divina, mas como resultado dos costumes egípcios daquela época.
Seja como for, a proibição do uso da barba não passa de um costume interno de algumas denominações cristãs, e jamais deve ser vista como uma doutrina bíblica. O mesmo também pode ser dito no sentido contrário. Se no contexto do Antigo Testamento a barba tinha um simbolismo especial e até fazia parte dos cerimoniais do povo de Deus, no Novo Testamento não há nenhuma regulamentação a respeito disso. Se o uso ou a proibição da barba fosse algo importante para a Fé Cristã, isso teria sido expressamente explicado pelo Senhor Jesus Cristo ou por seus apóstolos.
Portanto, o uso da barba faz parte da liberdade cristã que permite que cada crente adote o que lhe parecer mais apropriado. Um homem que usa barba não é mais santo do que aquele que não usa, e vice e versa. Com barba ou sem barba, o importante é que o crente possa refletir em sua vida o caráter cristão, de modo que sua conduta sirva como testemunho acerca de Cristo diante do mundo.
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