O significado de “consagração” na Bíblia envolve aspectos de dedicação, santificação e compromisso com Deus. Na verdade, a consagração na Bíblia é frequentemente associada à ideia de separação para um propósito divino. Esta separação não implica apenas na abstinência de práticas profanas, mas numa entrega ativa e intencional de si mesmo ao Senhor.
No Antigo Testamento, vemos exemplos como o de Abraão, que foi chamado a se separar de sua terra natal em obediência a Deus, simbolizando uma consagração de vida (Gênesis 12:1-4). No Novo Testamento, a consagração é vista no contexto da entrega do crente a Cristo e ao seu serviço, como exemplificado na vida dos apóstolos (Romanos 12:1-2).
As palavras “consagrar” e “consagração” derivam do latim consacrare e consecratio, que implicam na ação de “tornar sagrado”. Na Bíblia, encontramos raízes hebraicas e gregas que denotam esta ideia. Por exemplo: no Antigo Testamento, os termos hebraicos haram (“dedicar”), qadash (“pôr de lado”), male (“encher a mão”) e nazar (“separar”), carregam a ideia fundamental de separar algo ou alguém para um propósito sagrado específico para o Senhor.
Este tipo de “separação” era visto na consagração de sacerdotes (Êxodo 28:1-3, 30:30), lugares (Êxodo 40:9-11), objetos (Josué 6.19), dias festivos (Esdras 3.5), sacrifícios (Levítico 7.37), pessoas (1 Samuel 1:11-28), ganhos e bens (Miqueias 4:13). Por exemplo, o Tabernáculo, e mais tarde o Templo em Jerusalém, eram consagrados como locais de adoração a Deus. Da mesma forma, figuras como Arão e seus filhos foram consagrados para o sacerdócio (Êxodo 29:1-37). Esses atos de consagração incluíam rituais específicos como a imposição de mãos e sacrifícios, e indicavam a dedicação total daqueles homens à vontade e serviço de Deus (Êxodo 28:41, 29:9,33).
Ainda no Antigo Testamento, a ideia de “consagração” também é usada para descrever o processo pelo qual alguém, tendo sido contaminado e se tornado cerimonialmente impuro, podia ser restaurado à comunhão com Deus (Números 6:7-12).
Já no Novo Testamento, palavras gregas como enkainizo (“renovou”), teleioo (“aperfeiçoado”) e hagiazo (geralmente traduzida como “santificar” ou “santificação”), expressam a ideia de consagração. O escritor da Carta aos Hebreus, por exemplo, falou de Jesus como o Sumo Sacerdote eternamente consagrado (Hebreus 7:28); bem como Aquele que consagrou para nós um novo e vivo caminho a Deus (Hebreus 10:20).
Também no Novo Testamento encontramos registros de pessoas sendo consagradas ou ordenadas para o serviço da Igreja, como diáconos, presbíteros e evangelistas (Atos 6:6; 13:3; 14:23). Ao que parece, com base nestes registros, a imposição das mãos era algo que marcava a consagração para o ministério.
É importante entender que no Novo Testamento o conceito de consagração foi ampliado e profundamente ligado à pessoa de Cristo, abarcando também o corpo inteiro de cristãos. Em João 17:19, Jesus afirmou: “E por eles me santifico, para que também eles sejam santificados na verdade”. Esta passagem revela a consagração como um chamado para viver em santidade, refletindo o caráter de Cristo.
Na verdade, de acordo com o Novo Testamento, a consagração ocorre no momento da conversão, sendo Deus o agente e o homem o objeto (Hebreus 2:11). Portanto, é certo afirmar que a consagração é um chamado para todos os cristãos (1 Tessalonicenses 5:23).
Então, se o cristão é consagrado ao Senhor no momento da conversão, isto significa que sua nova posição em Cristo exige uma conduta separada das práticas do mundo e dedicada a Deus. Isto resulta em uma vida de oração, estudo da Palavra, serviço e participação na comunidade da fé, buscando não apenas a santidade pessoal, mas também influenciando a sociedade com valores do Reino de Deus.
Neste sentido, fica evidente a íntima conexão entre santidade e consagração. A santidade é um elemento central na consagração. Ser santo, no contexto bíblico, significa estar separado para Deus e ser diferente do mundo. Isto implica viver de acordo com os padrões divinos, refletindo o caráter de Deus em ações, pensamentos e palavras. De forma prática, portanto, a consagração é um chamado à santidade, um convite para viver de maneira que honre e glorifique a Deus (1 Pedro 1:15-16). Em outras palavras, consagrar-se significa viver de maneira que reflita os valores e princípios do Reino de Deus, abdicando de práticas mundanas e cultivando uma relação íntima e constante com o Senhor.
Também é importante entender que, embora o cristão tenha sido consagrado a Deus num ato único no momento de sua conversão, no aspecto prático da vida cristã há um sentido em que a consagração se revela como um processo contínuo de crescimento e transformação, dentro do conceito de santificação. Ela apresenta desafios, como a resistência do mundo e a tentação de se conformar com padrões não cristãos, mas também oferece grandes recompensas, incluindo uma relação mais profunda com Deus, uma maior compreensão de Seu propósito para nossas vidas e a alegria de viver de maneira que reflita Seu amor e graça.
De fato, viver uma vida consagrada no mundo moderno apresenta seus desafios, especialmente em uma sociedade que valoriza princípios opostos aos do Evangelho. Mas o Espírito Santo capacita os crentes a viverem de forma dedicada ao Senhor. Em Romanos 12:1, Paulo exorta os cristãos a se oferecerem como “sacrifício vivo, santo e agradável a Deus”. Esta consagração não é meramente ritualística, mas um ato de vontade, amor e obediência a Deus, expressando a santidade de Cristo na vida cotidiana.
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