Deve um cristão continuar a dar pisa em seus filhos se isso for ilegal?

O assunto de “pisa cristã” causa muita divisão, mesmo entre os crentes. Vários países têm proibido o castigo corporal de crianças, mas muitos pais consideram a palmada uma ferramenta essencial na disciplina. Quando a lei proíbe essa forma de disciplina, surge a questão: se dar pisa é ilegal, os pais têm o direito dado por Deus de continuar a usar castigos corporais para disciplinar seus filhos?


Quando se aborda o tema da “pisa cristã”, deve-se supor que a punição corporal em questão não ocorre de forma abusiva. Não é extrema nem dada com raiva, mas proporcional à ofensa e faz parte de um relacionamento amoroso e responsável. De fato, a pisa é realmente eficiente e pode ser muito eficaz. Algumas crianças respondem à pisa de forma rápida e completa quando todos os outros tipos de punição falham. Os pais de uma criança de três anos com muita força de vontade e que adora correr para a rua entendem que têm duas opções: dar pisa prontamente para conter o comportamento perigoso imediatamente ou confinar seu filho a um ambiente estritamente controlado que pode perturbar toda a família e restringir a criança de atividades mais prazerosas.

A Bíblia não exige nem proíbe explicitamente a pisa de crianças. (Embora a "vara" de Provérbios 13:24 possa se referir à repreensão em geral, a punição corporal não pode ser excluída como uma opção.) A disciplina firme e decisiva é vital para o bem-estar de uma criança. Ela fornece orientação e sabedoria de que a criança precisará mais tarde na vida. Os pais no Novo Testamento têm a responsabilidade de criar seus filhos “na disciplina e na admoestação do Senhor” (Efésios 6:4). O modo de disciplina não é especificado.

Famílias cristãs em muitas nações da Europa e até mesmo em bases militares dos EUA enfrentam o desafio de disciplinar seus filhos sem a opção de pisa/punição corporal. Os pais que acreditam que dar pisa é uma prática ordenada por Deus necessária para a criação de seus filhos podem fazer isso em particular, desconsiderando a proibição como uma questão de desobediência civil. Outros pais podem optar por não dar pisa, submetendo-se à sua autoridade civil e confiando que Deus é sábio o suficiente para levá-los a disciplinar de outras maneiras.

Ambas as opções têm seus méritos. Ao criar uma criança de três anos destemida e teimosa, a palmada pode parecer a única opção segura e responsável. Na maioria dos casos, porém, a pisa não é a única opção; alternativas podem ser encontradas. A punição não corporal provavelmente exigirá muito mais esforço, tempo e comprometimento, mas também pode ser eficaz. Deus conhece bem os Seus filhos. Que possamos conhecer nossos filhos o suficiente para saber como melhor discipliná-los com paciência, perseverança e amor.