Quem são os Novos Calvinistas e quais são as crenças do Novo Calvinismo?

O Novo Calvinismo não é um novo ramo da teologia ou uma denominação. Em vez disso, é um tipo de "renascimento" - um renascimento do calvinismo tradicional e "velho". O movimento está varrendo as igrejas evangélicas americanas de todas as denominações, atraindo jovens das igrejas Livres, Episcopais, Independentes, Presbiterianas e Batistas. A Coalizão do Evangelho, iniciada em 2007, é a rede nacional para o movimento do Novo Calvinismo.

O Calvinismo promove a autoridade da Escritura e as doutrinas da soberania de Deus, a depravação total do homem e a predestinação. Essas doutrinas bíblicas estão se provando atraentes para muitos da geração mais jovem de hoje, e as igrejas na tradição Reformada estão vendo um aumento geral de números. Essa é a influência do "Novo Calvinismo".

O ressurgimento do Calvinismo pode parecer surpreendente, dado a popularidade da teologia alegre e borbulhante dos pregadores e livros de saúde e riqueza, como Sua Melhor Vida Agora. No entanto, o Novo Calvinismo também pode ser visto como uma correção teológica para a doutrina errante - o pêndulo está voltando para uma abordagem mais bíblica. Os jovens que cresceram numa cultura cada vez mais secular estão procurando igrejas que ensinam o "alimento mais sólido" da Palavra (Hebreus 5:14) em vez de procurarem entretê-los. No processo, estão redescobrindo muitas verdades bíblicas sobre Deus, salvação e graça.

Contribuindo para a "novidade" do Novo Calvinismo estão os estilos de adoração "amigáveis aos buscadores", uma abertura ao diálogo com outras tradições cristãs e a aceitação do continuacionismo. Dada a diversidade das várias igrejas que abraçam o Novo Calvinismo, não é surpresa descobrir que a ênfase é menos nos pontos mais sutis da teologia e mais no envolvimento com a sociedade contemporânea. Mark Driscoll, pastor identificado com o movimento, diz: "O Novo Calvinismo é missionário e procura criar e redimir a cultura". Driscoll é um tanto vago em algumas questões teológicas. Numa entrevista recente, ele sugere que algumas questões não precisam ser discutidas "porque coisas maiores estão em jogo, como a evangelização dos perdidos e a plantação de igrejas missionárias". A flexibilidade, ele diz, deve ser permitida em "dons espirituais, batismo, comunhão, estilos de adoração, traduções da Bíblia e senso de humor".

Alguns veem duas facções surgindo dentro do Novo Calvinismo: os Novos Puritanos e os Novos Calvinistas. Os Novos Puritanos se concentram na soberania de Deus na salvação e são identificados com Driscoll e John Piper. Os novos calvinistas focam na soberania de Deus sobre a criação e são identificados com Tim Keller e Gabe Lyons.

Uma crítica ao Novo Calvinismo - geralmente vindo de calvinistas tradicionais - é que ele realmente não é Calvinismo. Há mais em ser um Calvinista do que aceitar os cinco pontos do Calvinismo. É sugerido que alguns ensinamentos do Novo Calvinismo sobre o batismo infantil, a teologia do pacto e a continuação dos dons milagrosos do Espírito estão fora de sintonia com a tradição Reformada.

Existem muitos aspectos bons do Novo Calvinismo, incluindo sua ênfase nos fundamentos da fé e sua capacidade de atrair jovens para a igreja. Ainda está para se ver se este novo movimento prosperará e florescerá e terá um grande impacto na sociedade pós-moderna.