Qual é o significado de concupiscência na Bíblia?

Concupiscência é um forte desejo, especialmente no que se refere à sexualidade. A palavra concupiscência é encontrada principalmente em versões mais antigas da Bíblia. As traduções mais recentes geralmente trocam a palavra concupiscência por frases como cobiça (Romanos 7:8), desejo mau (Colossenses 3:5) e paixão dos desejos (1 Tessalonicenses 4:5).

O desejo em si não é pecado. Desejamos intensamente muitas coisas que Deus nos deu para desfrutar, como comida, água, amizade e sono. Também temos um desejo natural por sexo, e a paixão sexual dentro do casamento não é concupiscência; entretanto, todas as expressões de paixão sexual fora do casamento são pecaminosas (Gálatas 5:19-21; 1 Coríntios 6:9-10). A concupiscência na Bíblia sempre se refere ao desejo apaixonado por algo que Deus proibiu.

Em 1 Tessalonicenses 4, a concupiscência é contrastada com o dever do crente de "aprender a manter o próprio corpo em santidade e honra" (versículo 4). Colossenses 3 identifica a concupiscência como parte do que pertence à natureza terrena e a relaciona como uma das coisas que atraem a ira de Deus sobre a humanidade (versículos 4-5). Romanos 7:7-8 relaciona a concupiscência à cobiça, o desejo por algo que não é de propriedade do indivíduo e ao qual ele não tem direito.

A atual epidemia de pornografia é um sintoma de concupiscência. A obsessão atual com a perversão sexual, o desmantelamento dos limites sexuais e a redefinição do casamento são todos indicadores de que a cultura está se tornando mais concupiscente. Romanos 1:18-32 adverte que a concupiscência contínua levará a "uma mente reprovável" (versículo 28). Três vezes essa passagem adverte que, quando as pessoas rejeitam o padrão de santidade de Deus, Ele as "entregará" às suas concupiscências. A concupiscência contínua resulta em um amortecimento da consciência a ponto de a pessoa poder pecar corajosamente sem culpa ou convicção. Esse é um lugar perigoso para se estar.

A concupiscência definiu a humanidade nos dias de Noé (Gênesis 6:5). A paixão luxuriosa dá lugar a ações desviantes. Se a nossa concupiscência não for reconhecida como o mal que é, entregue à cruz (Romanos 6:6-7) e abandonada (1 Coríntios 6:11), ela acabará nos matando (Tiago 1:14-15). O Senhor detesta o pecado que nos contamina e nos torna impróprios para a adoração e o serviço. Na raiz da maioria dos pecados está um coração cheio de desejos malignos - concupiscência - que, se não for entregue ao senhorio de Jesus, um dia enfrentará o julgamento de Deus (Romanos 2:5; 14:10; Mateus 16:27).