Por que eu deveria ser batizado?

Se você é um crente em Cristo, deve ser batizado. Se você não é crente, não deve ser batizado.

O principal motivo para um crente ser batizado é a obediência a Cristo. Na Grande Comissão, Jesus disse a Seus discípulos: "Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: — Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra. Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a guardar todas as coisas que tenho ordenado a vocês. E eis que estou com vocês todos os dias até o fim dos tempos" (Mateus 28:18-20).

Se Jesus ordenou aos apóstolos que fizessem discípulos e os batizassem, é lógico que um discípulo deve estar disposto a se submeter ao batismo. Não faz sentido que uma pessoa afirme ser um discípulo e depois se oponha à primeira coisa mencionada por Jesus em conjunto com o fato de ser um discípulo. Isso seria o mesmo que um discípulo se recusar a ser ensinado sobre todas as coisas que Jesus ordenou para que ele pudesse obedecê-las.

O batismo na água, como um ritual, não salva ninguém. Tampouco a obediência exigida para se submeter ao batismo. O batismo é uma imagem externa de uma transformação interna. O batismo retrata a lavagem do pecado e também a morte, o sepultamento e a ressurreição de Cristo em favor do crente. O batismo mostra a identificação do crente com Cristo.

No judaísmo do primeiro século, o batismo era realizado apenas em gentios que estavam se convertendo ao judaísmo. Quando João começou a batizar os judeus, eles estavam admitindo que, por causa de seus pecados, não estavam em melhor situação do que os gentios. Eles, assim como os gentios, precisavam se arrepender. É por isso que João responde aos líderes religiosos que não estavam sendo batizados: "E não pensem que podem dizer uns aos outros: 'Temos por pai Abraão', porque eu afirmo a vocês que Deus pode fazer com que destas pedras surjam filhos a Abraão". Os líderes religiosos estavam, pelo menos em parte, confiando em sua herança judaica para salvá-los, mas João lhes diz que sua herança não tinha importância. O batismo de João era uma declaração pública do pecado de cada um e da necessidade de arrependimento em vista da vinda de Cristo.

Na igreja primitiva, o batismo logo se tornou a maneira pela qual uma pessoa era identificada como um verdadeiro crente. Se uma pessoa estivesse casualmente ligada a cristãos ou a uma igreja, mas não fosse batizada, ninguém a considerava cristã. Quando era batizada, era considerada parte da igreja. Se fosse judeu, muitas vezes era afastado de sua família e da sinagoga e, no Império Romano, era quando a perseguição realmente começava. O batismo não faz de uma pessoa um cristão, mas identifica-a publicamente como cristã e a expõe à perseguição em muitas culturas ainda hoje.

Portanto, em obediência a Cristo, o crente deve ser batizado. O batismo do crente é uma figura da lavagem dos pecados, da morte e ressurreição do crente com Cristo e da identificação pública do crente como cristão.